quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Facilidade ou estresse?


por Maria de Fátima da Costa Magalhães Demartino

Não há dúvida de que vivemos num mundo onde tudo acontece muito rápido. Com isso, as pessoas estão cada vez mais apressadas. Tanta pressa que nem se dão conta do que está acontecendo à sua volta. O mais interessante é que nem querem parar para pensar.

Ultimamente tenho observado algumas atitudes que demonstram as consequências de tanta correria. E o que vem me chamando a atenção é o telefone celular, que é utilizado por um número cada vez maior de pessoas, independente da idade, sexo, cor, religião ou classe social. O tamanho do aparelho está diminuindo a cada dia que passa, entretanto, suas funções estão aumentando. Um avanço da tecnologia! Uma maravilha! Mas, até que ponto?

Certamente o telefone celular tem facilitado, e muito, a comunicação entre as pessoas, mas, nem por isso, elas estão mais tranquilas. Andando na rua nos assustamos com pessoas que conversam no celular quando estão andando, conversam quando estão dirigindo seu automóvel, conversam tomando café, conversam almoçando, conversam entrando num ônibus e dentro dele. As pessoas conversam e cada vez mais se entendem menos.

Outras conversam dentro da Igreja, durante uma palestra ou numa aula. Parece um vício! Isto sem falar nas muitas vezes que presenciamos discussões, palavrões nos lugares mais absurdos e impróprios. Será que não dá para esperar o momento de conversar “ao vivo e a cores”?

O homem tem evoluído bastante na comunicação, em termos de tecnologia. Porém, está andando para trás em termos de convivência com o outro. Outro dia, um rapaz estava numa fila do banco e o tempo todo falava no celular. Quando chegou a sua vez de ser atendido, dirigiu-se ao caixa, mas não parava de conversar, não cedia a sua vez e nem falava com o caixa o que queria. Todos os que estavam na fila ficaram indignados, inclusive eu. Foi então que ele pediu para que a pessoa que esperasse um pouco na linha entregou os documentos ao caixa e continuou a conversa.

Às vezes, imagino que até no banheiro as pessoas conversam no celular. Alguns desenvolvem uma espécie de tique nervoso e a todo o momento pegam o seu aparelho, mexem em suas teclas, mandam mensagens, nas horas mais inadequadas.

Facilidade ou estresse? É claro que o telefone celular tem importância e muita utilidade nos dias de hoje. Mas, como fica a privacidade e o direito de parar?

O que vocês pensam sobre o uso abusivo do telemóvel? Comente aqui.

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