2012 começou e você 'tá' perdido? O GON te ajuda...

Com Jesus nunca vai faltar estepe quando os pneus furarem na estrada da sua vida. ;)

Simplesmente perdoar

Nos afastamos de Deus. Sim por que a falta de perdão é falta de amor. Logo, falta de amor é falta de Deus. Com Deus longe deixamos espaço para o "orgulhoso" agir.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Agenda 2010


Durante os meses de outubro, novembro e dezembro a coordenação do GON preparou o cronograma de 2010. A proposta para o próximo ano é continuar as atividades feitas durante 2009, participar mais ativamente da comunidade e inovar na área de formação.

Aproveite para conferir as atividades que serão desenvolvidas na nossa página de eventos. Qualquer interesse em participar dos eventos pode ser comunicado através da página de contato.

Um feliz e abençoado ano de 2010 para você e sua família.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Devidamente uniformizados


Enfim, nossa camiseta ficou pronta. Estamos todos devidamente uniformizados!
Mais uma conquista. Obrigado, Senhor!

Um final feliz!


A história começou em abril, quando os jovens Obra Nova ajudaram a Ação Social da paróquia a recadastrar as famílias de baixa renda assistidas pelo programa. A partir de então, várias atividades em conjunto foram realizadas, como a confecção de cestas básicas.

Todavia, tudo culminou com as festas de fim de ano. Primeiramente, no bingo de Cestas de Natal, na qual todo o grupo se uniu para auxiliar no serviço de atendimento aos bingueiros. Em seguida, pelo apadrinhamento de dois adolescentes, que ganharam vários presentes. Por último, e não menos importante, os jovens auxiliaram no jantar, com muita alegria e amor fraternal. (Para quem não sabe, o bingo é realizado para arrecadar dinheiro para esse jantar)

Agradecidos pela confiança do Senhor em disponibilizar estes serviços, esperamos continuar na caminhada e assumir cada vez mais a nossa opção pelos menos favorecidos.

Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Crismado, e agora?

Nosso compromisso como cristãos, não se restringe a uma obrigação religiosa, mas estende-se por toda a nossa vida social, pois a Igreja existe para servir ao mundo. O cristão não pode fugir deste compromisso porque o verdadeiro discípulo está constantemente buscando um mundo novo. Por isso, os jovens que recebem o sacramento da Crisma devem ficar atentos ao chamado de Deus: ser sal da terra e luz do mundo, no serviço aos irmãos, na convivência fraterna, na luta pela paz e na busca do crescimento interior.

A Igreja oferece diversas opções para o serviço conforme o dom de cada um. Deus nos dá um potencial inimaginável para trabalharmos em prol do Reino, de forma que nunca nos sintamos insatisfeitos, ou seja, Ele nos coloca onde cresceremos e aprenderemos a usar nossos dons da melhor maneira.

Neste contexto, surgem as pastorais e movimentos juvenis. Em nossa paróquia, especificamente, contamos com dois grupos de jovens: o Obra Nova (GON), na comunidade da matriz; e o Renascer em Cristo, na comunidade Nossa Senhora Aparecida. Os jovens desses grupos são pessoas comuns, com um propósito definido: “evangelizar a juventude, de maneira alegre e descontraída, resgatando-a para a participação da vida em comunidade”. Por isso, promovem e participam de diversos eventos:

• Realizações: Retiro de Carnaval; Junius Sancti, um encontro que reúne a galera para falar de Jesus.

• Comemorações: aniversário do grupo com festas temáticas; aniversariantes do mês.

• Participações: Dia Nacional da Juventude, em Florianópolis; Dia da Penitência, em Brusque; Cenáculo de Pentecostes, em Camboriú; XX Kairós, retiro arquidiocesano da juventude; Acampamento “Encontro de Jovens Unidos”, em São João Batista; Escola da Juventude 2009, organizada pela coordenação arquidiocesana da Pastoral da Juventude; eventos paroquiais: Festa de São João (venda do cachorro quente); Feira Bíblica 2009; animação do Retiro da Segunda Fase da Crisma; Via-sacra e Ofício Quaresmal; organização da liturgia da missa do 4º domingo do mês.

• Outros trabalhos: participação em shows católicos e festivais de músicas; passeios à praia; jogos; filmes com pipoca e Coca-Cola; pizzas; e churrasco; visitas às casas dos jovens e a outros grupos da cidade.

• Adoração ao Santíssimo Sacramento, bimestralmente.

• Colaboração com o informativo paroquial “O Precursor”.

• Formação de um núcleo musical.

• E, finalmente, a criação desse espaço virtual: http://gobranova.blogspot.com/.


Com essa turma, o que não vale é ficar parado. Assim, se você é crismado e tem vontade de servir a Jesus através da evangelização da juventude, participe de um dos grupos de jovens de nossa paróquia, faça novas amizades em Cristo e cresça em sabedoria e graça.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jovens debatem sobre a violência

Mais de 1,5 mil jovens participam do DNJ, que neste ano refletiu sobre a violência

Mais de 1.500 jovens, dos 30 municípios da Arquidiocese, estiveram presentes no Colégio Catarinense, em Florianópolis, no dia 25 de outubro, para participar do Dia Nacional da Juventude (DNJ). Promovido pela Pastoral da Juventude da Arquidiocese, o evento contou com a colaboração e participação de várias espiritualidades da juventude presentes na Igreja.

Este ano, o DNJ teve como tema “Contra extermínio da Juventude, na luta pela vida”, e lema “Juventude em marcha contra a violência”. Além da Arquidiocese de Florianópolis, outras cinco dioceses realizaram o evento no mesmo dia (Blumenau, Caçador, Joaçaba, Joinville e Rio do Sul).

O encontro, realizado no Ginásio de Esportes do Colégio, teve início às 8h, com a recepção e identificação dos participantes. Depois seguiram-se shows de bandas católica. Às 10h, os jovens foram divididos em 60 grupos, cada um com um monitor, para refletir sobre a questão da violência. Eles leram um breve texto e apontaram sugestões para a redução da violência.

O resultado dos debates em grupos foram encaminhados à coordenação do evento que, através deles, elaborou a “Carta da Juventude sobre a Violência”. O documento posteriormente será encaminhado às autoridades municipais, estadual e federal, e a entidades da sociedade civil.

Em seguida, a partir da 11h30min, houve uma palestra com o Pe. Vilson Groh, que falou sobre a sua experiência de 25 anos vivendo nas comunidades de periferia. Segundo ele, entre os anos de 2002 e 2003, e foi a 80 funerais de jovens e adolescentes vítimas das drogas e da violência. “Diante de tantas situações de mudança social, a única que funciona é seguir Jesus”, disse.

Em seguida falou a Major Edenice Fraga, especialista em atendimento à criança e adolescente em situação de risco da Polícia Militar. “Em um mundo em que a violência está muito relacionada com as drogas, cabe a nós dar um testemunho de que ser saudável é legal”, disse.


Celebração Eucarística

A partir das 12h, foram liberadas as praticas esportivas e de recreação. Às 15h30, todos os jovens voltaram a se concentrar no Ginásio de Esportes e participaram da Celebração Eucarística, presidida pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger, e concelebrada por 14 padres e um diácono.

Em sua homilia, Dom Murilo falou do papel dos jovens na Igreja. “Cabe a vocês dizer aos outros jovens que Jesus lhes chama. Ele vem como um amigo ao seu encontro. Há muitas pessoas precisando que alguém lhes diga: coragem, Jesus te chama. E esse é o papel de vocês”, disse Dom Murilo.

No final do encontro, houve sorteio de prêmios para os jovens. Camisetas, celulares, assinatura de jornal e uma bicicleta foram oferecidos parceiros do evento para o sorteio.


Competições ajudaram na integração

Durante o encontro, os jovens puderam participar de várias práticas esportivas e de lazer. Havia touro mecânico, cama elástica, escalada, surf mecânico, atividades recreativas e lazer. Além de competições esportivas de futebol de salão e vôlei. Apresentação de capoeira, boi-de-mamão e encenações teatrais.

No total 36 equipes de futebol de salão e ??? equipes de vôlei se inscreveram para participar do evento. Elas competiram em confronto direto e no final as três finalistas receberam troféu e medalha. “Foi um importante momento de confraternização entre os jovens. Uma oportunidade de se conhecerem melhor e trocarem idéias”, disse Guilherme Pontes, coordenador da Pastoral da Juventude na Arquidiocese.


Números que justificam a escolha do tema

60% dos presos e presas do país têm entre 18 e 29 anos;

51,4% do jovens não freqüentam a escola;

49% dos desempregados do Brasil estavam entre 15 a 24 ano (IBGE 2001);

1,2 milhões são analfabetos;

54 jovens morrem por dia em média vítimas de homicídio no Brasil num total aproximado de 19 mil por ano (RITLA – Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana) ;

88,6% foi a taxa de crescimento de assassinatos envolvendo os jovens entre os anos de 1993 a 2002;

46.600 homicídios foram registrados em 2006, desses 17.312 vitimaram jovens;

10% ou menos dos crimes têm os jovens como agentes, o que mostra injustificável a proposta de redução da maioridade penal.

34 milhões de habitantes do Brasil têm entre 15 e 24 anos (IBGE) e é nessa faixa etária que se encontra os mais atingidos por desemprego, evasão escolar, falta de formação profissional, mortes por homicídios, envolvimento com drogas e com a criminalidade.

Jornalista Zulmar Faustino

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Carta aberta da juventude da Arquidiocese de Floranópolis

Nós, jovens participantes de diversos grupos na Arquidiocese de Florianópolis, reunidos no Dia Nacional da Juventude, manifestamos por meio dessa carta nossa opção pela paz e pela vida.

Apontamos a desestruturação das famílias, a falta de oportunidades para o trabalho e estudo, os valores individualistas e a omissão de muitos governantes como as maiores ameaças a nossa integridade.

Apesar da insegurança que a violência dessa sociedade nos causa, mantemo-nos firmes na convicção de que todos merecem "viver em plenitude", por isso nos colocamos em marcha pela paz.

Por mais que nos digam que o "sol deixou de brilhar", que nada mais pode ser feito, não nos calamos. Afirmamos antes que "paz sem voz é medo", e proclamamos, como nossos profetas, que para além do combate a violênia, construiremos " um novo céu e uma nova terra": a Civilização do Amor.

Para isso, não fazemos questão de cargos ou honrarias, queremos companhia: uma nova juventude, bem como uma nova sociedade, é tarefa de todos. A esperança inerente ao jovem que traz o novo será a lâmpada que iluminará nossos passos. Nossa fé em Jesus Cristo será a razão para lutarmos por tudo isso.

Florinópolis, 25 de outubro de 2009.


Visite: PJ Arquiforipa!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Missão: 30% ação, 20% estratégia, 50% Espírito Santo

Nossos missionários são avaliados pela mística: a mística determina nossas ações.

Evangelização é 30% atitude e 20% estratégia; é 50% Espírito Santo e 50% da colaboração humana. A Igreja e as lideranças pastorais devem prestar maior atenção ao caráter do ensino da Missão. A organização é indispensável e necessária, mas não pode tomar lugar da ação evangelizadora da Igreja universal e local. Na maioria das vezes a Missão falha, porque já estamos estruturados e temos uma estratégia de caráter funcional e uma mentalidade de manutenção sacramental. Não estamos acostumamos a sair das fronteiras pastorais e litúrgicas. A estrutura de evangelização falha, em grande parte, por falta de estratégia e transpiração das lideranças, sobrecarregadas com funções de manutenção, sobretudo com sacramentos e sacramentais. É absolutamente negativo, mas precisamos nos preocupar como os apóstolos, no início da Igreja, quando não conseguiram dar conta das tarefas, nomearam sete homens idôneos (cf. At 6, 1ss).

O ferreiro não bate em ferro frio.

Será que a dimensão missionária em muitas Igrejas particulares bate em ferro frio, seja por falta de organização ou mesmo por falta de preparo de nossas lideranças?

Existe uma realidade missionária pautada em atitude convicta de passar a aplicar em nossas igrejas estratégias de ação evangelizadora, e não apenas aquelas estruturas existentes?

A nossa ação missionária é apenas uma catequese, muitas vezes mal estruturada e desencarnada?

A evangelização expressa-se apenas na liturgia e nos sacramentos?

As pastorais existentes nas paróquias agregam novos membros e saem de suas fronteiras?

Os movimentos e grupos que defendem suas convicções ajudam a congregar com o anúncio da Boa-Nova, e não com velhos chavões que amedrontam?

Os religiosos e as casas religiosas buscam apenas a subsistência, pouco ou nada preocupados em ter uma atitude missionária?

A Igreja local, sem uma linha missionária estratégica organizada, transpira muito, sem resultado, porque falta atitude missionária. Atitude aqui se entende como postura missionária, como sendo a vida da Igreja, como primeira realidade dada por Cristo aos discípulos. É claro, a estrutura surge diante da atitude missionária de líderes convictos e preparados; seja bispo, sacerdotes, religiosos, religiosas e seminários, ou agentes pastorais.

Uma Igreja local é uma comunidade missionária. Mas, quando se restringe apenas em manter as estruturas, peca contra o mandato de Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15). Ainda falta a compreensão da importância de Conselhos Missionários Diocesanos e Paroquiais (Comidis e de Comipas) na Igreja local e nas paróquias, como parte fundamental da Missão.

Vamos enumerar sete características para o desenvolvimento da atitude missionária. Mas é bom lembrar a importância da oração, pois Cristo, antes de tomar qualquer decisão fundamental, retirava-se em oração. O Espírito Santo vai adiante de nós, quando dobramos o joelho. É neste diálogo íntimo com Deus e com a Palavra, que reside a nossa vocação e Missão de anunciar o Evangelho. A Palavra de Deus revela-se na escuta. É no Mistério que se revela a sabedoria missionária.

Veja aqui que características são estas e como elas impactam tudo o que fazemos:

Conversão
O aspecto do caráter ligado à conversão é a manutenção de uma referência: somente somos capazes de viver em conversão, quando podemos olhar para a pista contrária e dizer que “foi de lá que eu vim, mas agora eu mudei”. O Cristão, quando convertido, torna-se uma testemunha de vida e motivador, porque quer transmitir esta alegria, despertando nas outras pessoas o desejo e o anseio do amor de Deus. Quanto maior for a nossa conversão e união com Deus, tanto mais testemunhas seremos da gratuidade Divina da misericórdia alcançada. Precisamos poder dizer, como Paulo, que somos os maiores dos pecadores, e, ainda assim, viver já em perfeita santidade.

Chamado
O aspecto do caráter que interessa aqui é a consciência do chamado. Estar cheio de uma chama irresistível, como tantos profetas, de um fogo que urge sair de nós em voz profética, é a condição para fazermos grandes coisas para a glória de Deus. Fomos escolhidos por Deus-Pai, chamados por Deus-Filho e enviados por Deus-Espírito Santo. Recebemos uma Missão, um chamado, não podemos voltar e ficar à espera de outro chamado, a exemplo de Samuel (1Sm 3,1-21).

Comunhão
A capacidade de trabalhar junto com outros para a realização de um propósito maior é essencial, quando pensamos no tamanho da tarefa que está diante de nós. O missionário católico deve integrar e participar de todas as iniciativas de evangelização, mas principalmente dos Conselhos Missionários da Igreja local e nas paróquias. A consciência de corpo e o caráter de funcionar como membro do corpo é o que queremos aqui.

Empatia
Sentir o que o outro sente, entender seu ponto de vista, importar-se com as coisas que lhe são importantes, é algo indispensável para quem atua como missionário. A figura do médico que é bem quisto quando sabe compreender a dor de seu paciente é o que evocamos aqui. Compreender as dificuldades das Igrejas, sentir suas urgências, ver seus obstáculos, é necessário para o desenvolvimento de soluções efetivas. É dando da pobreza, que se enriquece. Não podemos esperar ter muito, para dar um pouco: pouco do que temos será já muito para quem não tenha quase nada.

Competência
As competências, propriamente ditas, normalmente não são parte do caráter, mas o sentimento de competência o é. É preciso saber que recebemos de Deus dons e capacidades que devem ser usados em prol do crescimento do corpo: eles são importantes na iniciativa e empenho dos missionários na Igreja. Ser competente significa também saber ler os “sinais dos tempos” e interpretá-los à luz do Evangelho; colaborar para tirar as pessoas do medo, da insegurança diante do novo; participar de projetos comuns entre as Igrejas “além-fronteiras”. O único medo que temos de ter é o medo do medo.

Comunicação
Nossa Missão é profética. Nós não só comunicamos Deus, mas também precisamos nos comunicar com Ele. Anunciar e denunciar. A comunicação é fundamental dentro da Igreja de Deus, porque é por ela que atingimos a sensibilidade do coração dos ouvintes. A comunicação do Evangelho comove, converte e transforma a mentalidade das pessoas. É claro que muito da comunicação reside na capacidade e no conhecimento, mas a vontade de transmitir a Palavra de Deus e comunicar o que é importante e útil é parte essencial do comunicador.

Ação
A determinação em continuar, apesar das dificuldades, a paciência e a perseverança são necessárias na Missão, que muitas vezes enfrenta obstáculos quase intransponíveis. Nossos missionários devem ter esta característica de continuar avançando, mesmo quando outros desistem.
Estas sete características são a base para a eficácia missionária. Nossos missionários são avaliados pela mística, porque é a mística que determina nossas ações.

Pe. Elmo Heck
Pontifícias Obras Missionárias (POM)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tentei, mas não era possível!

O acabrunhamento e o desânimo vêm muitas vezes de não saberem os jovens distinguir entre esforço perseverante e simples desejo. Queixam-se facilmente, dizendo: “Quantas vezes tentei livrar-me desse defeito! Quantas vezes experimentei tornar-me melhor! Quantas vezes quis fazer isto ou aquilo!... Mas não era possível!”

Pois bem, esses jovens nem quiseram realmente, nem tentaram seriamente. Apenas pensaram que no futuro seriam melhores porque “queriam” sê-lo; e nada fizeram para atingir esse objetivo. Há uma diferença considerável entre “eu queria” e “eu quero”. O primeiro é um soldado de papelão que não intimidará a ninguém, e menos ainda aos próprios defeitos. O segundo, ao contrário, é uma potência capaz de vencer o mundo, e que saberá esmagar todos os seus defeitos.

Por uma radiosa tarde de maio, um jovem estudava junto à janela aberta. De repente, um besouro entrou no quarto e abateu-se sobre a mesa. O pobre inseto caíra de costas, e o estudante pôs-se a observá-lo. Que ia fazer? O besouro girou, golpeou o ar com as patas, mas sem conseguir reerguer-se. É o “eu queria” – “Se ficar assim, morrerei de fome, ou correrei o risco de ser esmagado”, pensaria, de certo. Mas, depois de muito trabalho, consegue estender as asas sobre as quais estava deitado, e abri-las. Zumbe furiosamente, debate-se com todas as forças... e se põe de lado. – “Não é o momento de descansar. Seu eu o fizesse, estaria perdido”, diz então a si mesmo. E torna a dar-se ao trabalho... torna a cair sobre as patas... retoma o vôo para nova meta no azul do céu. Isso é o “eu quero”... O besouro voou, mas ensinou-te a diferença entre o “eu queria” e o “eu quero” triunfante!

“Tentei, mas não era possível!” – Perdão, meu amigo, preciso lhe dizer francamente a minha opinião: Não é verdade, você não tentou. Apenas disse a si mesmo que seria bom tentar. Você é desses fracos, inconstantes – há tantos no mundo! – que não ousam agarrar as suas paixões pela garganta, com firmeza. Seria, contudo o único meio de se libertar do império que as paixões desordenadas exercem sobre você.

“Tentei” – Mas então por que voltou a tornar a ver o fruto que não queria mais tocar?... Sabia, por experiência própria, que o sabor desse fruto é bem amargo, e, entretanto, queria conhecê-lo de novo... Sim, por que é que você cedia um pouco todos os dias na boa resolução que tinha tomado com tamanho entusiasmo?

Acredita você que Cristóvão Colombo teria jamais descoberto a América, se se tivesse deixado desanimar pelos seus primeiros fracassos? Não teve ele até que solicitar ajuda em diferentes países para cobrir os gastos da sua viagem? Zombaram dele, chamaram-lhe de aventureiro, trataram-no como fanático. Mas ele se apegava apaixonadamente ao seu projeto. Não tinha ele todas as razões de crer que, além dos mares, como nem tudo podia ser oceano, devia haver um continente desconhecido?... E ele empreendeu a sua grande viagem de exploração, da qual os seus contemporâneos não acreditavam pudesse voltar.

Você faria bem em adotar o lema daquela ilha da Holanda chamada Seeland. A maior parte dessa ilha está situada abaixo do nível do mar, e só à custa de trabalhos contínuos é que ela pode defender-se contra a invasão das águas. Mais de uma vez, é verdade, fracassou nessa luta contra o mar, e o oceano invadiu-a... Porém ela traz, apesar disso, em seu brasão, a altiva e célebre frase: “Luctor et emergo!”. “Luto e consigo emergir!”

Trecho do livro “O Moço de Caráter”, de D. Tihamer Toth. Taubaté: Editora SCJ, 1952.
Vida e castidade

O riso!

Uma bela resposta ao ceticismo da atualidade!

"Ninguém ri de Deus em um hospital
Ninguém ri de Deus em uma guerra
Ninguém ri de Deus
Quando está faminto ou congelado
Ou pobre demais
[...]
Mas Deus poderia ser divertido
em um coquetel enquanto ouve uma
Boa piada sobre Deus
Ou quando os malucos dizem que Ele nos odeia
E ficam com a cara tão vermelha
Que você pensa que eles vão sufocar"

Laughing with - Regina Spektor

Citações católicas

Uma coletânea de algumas das mais significantes citações católicas ditas por vários personagens católicos em todos os tempos.


Veritatis Splendor

Prepare-se!

O GON já havia mencionado o Dia Nacional da Juventude, na série Trilogia PJ, e agora vem reforçar o convite para este ano.

Começamos com a carta de Dom Murilo Krieger aos jovens:

Caro jovem,

No dia 25 de outubro de 2009, você tem um encontro marcado com outros jovens, no Colégio Catarinense, em Florianópolis. Juntos, serão convidados a refletir sobre o grave problema da violência, que afeta a todos, mas que atinge de modo especial a juventude. Mais do que criticar a violência e os violentos, você será chamado a prolamar, com Jesus Cristo: "Felizes os que promovem a paz, porque serão chmados filhos de Deus!" (Mt 5,9). Nessa proclamação, descobrirá, que "Ele [Cristo] é a nossa paz." (Ef 2,14). "Ele não tira nada, Ele dá tudo! Abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira" (Bento XVI, 24/04/2005).
Apareça!




Sim, jovens! Somos convidados a aproveitar o nosso dia de uma maneira super livre! Confira as atividades:

SHOWS COM BANDAS
Conversão Contínua
Amigos Unidos por Jesus (AUJ)

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
Gazu (Vocalista do Dazaranha)


MISSA
Celebrante: Dom Murilo S. R. Krieger

APRESENTAÇÕES
Boi-de-mamão
Roda de Capoeira
Futebol de Salão com Deficientes Visuais
Apresentações teatrais

DEBATES
Violência e Segurança Pública
Campanha da Fraternidade 2009
Juventude em Marcha Contra a Violência

DIVERSÃO
Jogos de tabuleiro
Jogos gigantes
Jogos de raciocínio
Desafios
Tênis de mesa
Torneio de Futebol e Vôlei
Touro Mecânico
Surf Mecânico
Cama Elástica
Videogame Wii
Torneios de videogame Wii

ESPECIAIS
Paredão de escalada
Oficinas com materiais alternativos
Tererê
Algodão doce

Transmissão ao vivo (
http://www.dnjaovivo.com/)


O melhor é que tudo isso será proporcinado a você gratuitamente!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Catecismo na ACI Digital

Muitas pessoas ao olharem o número de páginas do Catecismo da Igreja Católica se assustam e se desestimulam para a leitura do documento. Para estes, a ACI Digital, um portal de notícias do mundo católico, elaborou um pequeno resumo com perguntas e respostas sobre cada parte do CIC. Assim, não há mais desculpas para ignorar a leitura das bases do ensino da nossa fé cristã católica.
Terceira parte: A vida cristã

Qual relação há entre igreja e cidadania?

É muito comum palavras e símbolos mudarem de sentido, passarem a designar coisas diferentes ou mais amplas. Quando se trata de traduzir uma ideia ou uma imagem, as alterações podem ser ainda maiores. Propomos aqui irmos à busca da raiz do termo “igreja”, de forma a entendermos sua relação direta com a conquista da cidadania para todas as pessoas.

O termo igreja vem do grego ekklesía, que, literalmente, significa assembleia. Já na tradução grega do Antigo Testamento, é usado para traduzir o hebraico kahal. Lemos, por exemplo, em Dt 31,30: “Moisés pronunciou, integralmente, as palavras deste cântico aos ouvidos de toda a assembleia de Israel” (em português, também se usa congregação, comunidade). Em outros lugares, o termo é usado para falar de comunidade reunidas para qualquer culto. Em At 19,31, por exemplo, fala-se da ekklesía que presta culto à deusa Ártemis.


A conotação política

O sentido original do termo, entretanto, não é estritamente religioso e tem forte conotação política. A ekklesía era a assembleia dos cidadãos, reunida para definir os rumos da polis, da cidade grega. Logo, ao participar da ekklesía, os cidadãos estavam fazendo político. Antigos escritores gregos como Heródoto, Xenofontes e o próprio Platão fazem uso do termo em seus escritos, especialmente comum em Atenas, onde os líderes políticos (cidadãos) se reuniam em ekklesía diversas vezes ao ano.

É muito interessante que a comunidade cristã tenha escolhido esse termo para falar do projeto do Reino: foi para viver uma nova ekklesía que Jesus chamou seus discípulos e discípulas. A ekklesía grega não era mais suficiente. Um sentido novo deveria ser dado ao termo. Por ser um termo bastante conhecido no mundo político, com certeza, algum conteúdo político teria que permanecer na palavra igreja. E permaneceu! Assim não tivesse sido, o Império Romano não teria a preocupação de levar o líder Jesus a uma condenação política e ao consequente assassinato na cruz. Mas onde está a novidade em usar um termo velho para designar um novo movimento?

Ora, o modelo da democracia grega, com certeza, significou grandes avanços em relação aos processos decisórios. Faz muito mais sentido aos cidadãos deliberarem sobre seu destino do que um único soberano, quase sempre de forma tirana, tomar todas as decisões por sua própria conta. O problema é que, como sabemos, poucas pessoas eram consideradas na Grécia Antiga. Mulheres, crianças, estrangeiros, toda a grande massa de pessoas escravas, ou seja, a maioria da população jamais poderia ser considerada cidadã. Estava permanentemente excluída da ekklesía, da igreja. Apenas a uma pequena elite de homens ricos era reservado o acesso à cidadania. Tanto quanto difícil era se tornar cidadão sob o período de dominação romana (At 22,28).



Cidadania para todos

A proposta assumida por muitas comunidades cristãs rompe com esse esquema. Um bom resumo de como entenderam o novo sentido da ekklesía é o hino à liberdade humana, a Carta aos Gálatas: “Entre nós, não há mais judeu nem grego, nem escravo, nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vocês são um em Cristo Jesus” (Gl 3,28). Aqui está algo revolucionário! O que se propõe na edificação da nova ekklesía é a cidadania plena para todas as pessoas. Mulheres e crianças, pobres e pequenos, todas as pessoas são reconhecidas em sua dignidade, têm voz e vez, têm autoridade.

Sabemos que muitas comunidades primitivas buscaram viver a cidadania plena, a ekklesía de iguais. Mulheres participaram direta e ativamente na comunidade itinerante de Jesus (Lc 8,1-3), foram apóstolas (Jo 4,28-29; Rm 16,7), lideraram comunidades (At 16,11-15; Rm 16,1.3). crianças não eram impedidas de participar da mesa, podiam tocar em Jesus (Mc 10,13-16). Propunha-se que os bens fossem de fato partilhados, que cada pessoa tivesse de acordo com sua necessidade (Mt 20,1-16; At 4,32-37; 1Cor 11,17-27). Denunciava-se o acúmulo e a exploração (Tg 5,1-6).

Um olhar mais atento aos textos bíblicos e á história do cristianismo posterior nos permitirá ver que não conseguimos segurar a novidade dessa ekklesía. Mas continuamos desafiados a voltar às raízes, voltar à fonte! Sejamos carinhosamente radicais na exigência da cidadania plena para todas as pessoas.

Edmilson Schinelo. Jornal Mundo Jovem. Ano 47, setembro de 2009, edição nº 400.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

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domingo, 30 de agosto de 2009

Antes de partir

Rob Reiner não é o típico diretor-de-aluguel hollywoodiano. Quem tem no currículo This is Spinal Tap (1984), Conta Comigo (1986) e Harry & Sally (1989) já se põe acima da média. Mas o fato é que Reiner nem faz muita diferença em Antes de Partir (The Bucket List). A comédia dramática se justifica e se apóia, independente de qualquer outra coisa, no carisma de Jack Nicholson e Morgan Freeman.


Nicholson vive Edward Cole, milionário gestor de hospitais cujo lema é um número: dois leitos por quarto, nunca menos. Freeman é Carter Chambers, um mecânico que abandonou seus sonhos de juventude quando viu que teria uma família para alimentar. Quando os dois ficam fulminantemente doentes, seus caminhos se cruzam.

E se cruzam porque, para não desonrar seu lema, Edward, o dono do hospital, acaba no mesmo quarto de Carter. O estranhamento inicial logo se transforma em apoio mútuo. Ambos têm poucos meses de vida, e só um doente terminal para entender o tipo de drama que o outro vivencia. Do nada, Edward convence Carter a fugir e botar em prática uma lista de últimos - e excêntricos - desejos antes de "baterem as botas". Nos EUA, a expressão usada nesses casos é "chutar o balde", daí o título original do filme, A Lista do Balde.

Marcelo Hessel
Omelete


"Catholic Church: buldier of civilization" #1

Quantos mitos sobre a Igreja já te contaram? Em quantos deles você creu?
Quebre paradigmas... assista esta série, que apresenta a colaboração da Igreja Católica para a construção da civilização ocidental.




É proibido pensar

"Reconstruindo o que Jesus derrubou
Re-costurando o véu que a cruz já rasgou
Ressuscitando a lei pisando na graça
Negociando com Deus"





Pobreza espiritual

No evangelho de São Lucas, Jesus diz: "Guardai-vos escrupulosamente de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas" (12,13). E logo depois Ele conta a parábola de um homem bastante rico que não tem onde recolher sua plantação. Esse homem, que já tem um celeiro e deseja fazer um celeiro ainda maior - no qual porá todos os seus bens e depois descansará - é chamado por Deus de insensato.

A avareza

Quando começamos a ler essa parábola, encontramos uma palavra muito forte: "escrupulosamente". Jesus aqui está falando de uma idolatria, que se chama avareza.

E São Paulo vai nos dizer: "Que terrível idolatria é a avareza". Quando Lucas mantém a palavra "escrupulosamente" é porque Jesus está falando de uma coisa muito séria, da qual depende perder ou ganhar a alma, ir para o céu ou para o inferno.

A idolatria ao dinheiro pode levar o homem ao inferno. E quando falamos em dinheiro, não falamos apenas de dólar, real ou lira, mas daquilo que possuímos, daquilo que temos. E do risco que corremos de entesourar, como esse homem da parábola fez: ele já tinha um celeiro, mas construiu um maior. Ele não pensou em repartir a herança com os pobres.

Assim somos nós! Eu tenho roupa suficiente, mas se ganho dinheiro, não penso em repartir com os pobres, penso em ter mais roupas, embora eu não precise. Já tenho meu carro, mas se ganho dinheiro, penso em comprar um carro melhor, outro carro; não me passa pela cabeça que aquele dinheiro me foi dado para repartir com os pobres. Porque a idolatria dos bens, do dinheiro, me faz juntar casa a casa, comprar uma casa mais luxuosa, um carro mais luxuoso, uma roupa desnecessária, um móvel desnecessário, uma casa desnecessária.

E o salmo 148 diz: "Quando um homem se torna muito rico, aumenta o luxo de sua casa. Morrendo, ele nada levará consigo e a sua fortuna não descerá com ele aos infernos".

Jesus fala, portanto, de uma questão de salvação. Vejamos o que diz Santa Teresa: "Escutai, vós que desejais possuir riquezas, ter posses: apoiar-se sobre as riquezas é apoiar-se sobre o ferro em brasa". E João Paulo II diz: "Entre as exigências de renúncia que Jesus propõe aos seus discípulos - não é uma opção ou uma escolha, é uma exigência - figura a renúncia aos bens terrenos, e em particular às riquezas". É uma exigência dirigida a todos os cristãos e que se refere ao espírito de pobreza, isto é, o desapego aos bens terrenos, desapego que nos faz ser generosos para reparti-los com os outros.

A avareza, a idolatria dos bens, é oposta ao evangelho. Nós todos deveríamos ter isso na cabeça, porque encontramos muitas desculpas para não nos despojarmos, para não imitar Jesus, para não partilhar os nossos bens.

A pobreza espiritual

São Francisco de Sales diz uma coisa muito interessante: "Quando o fogo do amor está em um coração, todos os móveis voam pela janela". Porque o meu coração se despoja, dá. Você quer saber se o fogo do amor está em seu coração, se você ama a Deus? Abra a janela da sua casa, se os móveis voarem pela janela, é sinal que você ama a Deus; se os móveis continuarem presos ao chão, é sinal que você não ama a Deus.

Quando São Francisco de Sales dizia isso, no século XVI, os móveis eram pesadíssimos, não eram como os nossos hoje que são levíssimos, e até esses ficam pregados.

Muitas vezes eu penso que nós não temos ainda nossa sede própria do Shalom, que nós não trabalhamos ainda com os pobres como deveríamos trabalhar - aliás, não penso, tenho certeza - porque os nossos móveis ainda não voaram pela janela, porque o amor de Deus não é ainda grande no meu coração, a ponto dos meus móveis, carros, carruagens, roupas saírem voando janela afora, eu ainda quero mais. Ainda me apego ao que tenho, e se me derem mais algum dinheiro eu compro mais daquilo que tenho, ou coloco numa poupança que já tenho para garantir meu futuro. E isso garante meu futuro, no inferno.

Outra coisa que João Paulo II ensina: "A pobreza é um compromisso de vida inspirada pela fé e pelo amor a Cristo". Quem inspira a pobreza não são os estatutos, não é o formador ou esse ou aquele santo, não é um pobre que está no meio da rua, não é um livro bonito, é a fé e o amor a Jesus Cristo. O Papa diz mais: "É o Espírito que exige também uma prática. O espírito de pobreza vale para todos e cada um necessita colocá-lo em prática, de acordo com o evangelho". O espírito de pobreza vale para todos!

Quando nos deparamos com a ordem de Jesus: "Guardai-vos escrupulosamente da avareza", ou seja, guardai-vos de ter casa sobre casa, bens sobre bens, celeiros sobre celeiros, às vezes podemos dizer: "Ah, mas eu sou um homem de negócios, tenho de prosperar". O que é, de fato, prosperidade? Qual o espírito capitalista, consumista que te move? Certamente, não é o espírito do evangelho.
O espírito do evangelho não é um espírito capitalista, nem consumista; é um espírito de partilha. Não é também um espírito comunista, nem socialista; é um espírito de partilha, de comunhão de bens. Os bens são divididos e não acumulados ou socializados ou unificados. Partilhados por amor, e não divididos por uma imposição do Estado.

O espírito de partilha do evangelho não é conivente com o capitalismo nem com o socialismo nem com o consumismo nem com o neoliberalismo ou o nome que você quiser dar. O homem nunca encontrou o que está óbvio no evangelho: "A salvação da alma do homem, a salvação da sociedade, a paz da humanidade vem pelo espírito evangélico de partilha". E nós, que somos a comunidade da paz, para promovermos a paz entre os povos, entre as nações, precisamos viver para depois pregar o espírito evangélico de partilha, independente de qualquer sistema econômico.

Precisamos viver independentes do sistema econômico no qual estamos, seja ele qual for. Porque aí poderei ir do Brasil para a África, de Xangai para a Groenlândia, posso ir para Macau ou para Brasília. Onde eu estiver estou livre, seja do comunismo, seja do capitalismo, seja do socialismo, seja do neoliberalismo; sou livre porque vivo a partilha, a comunhão de bens. Vivo a partilha que vem do amor a Jesus.

Cada vez mais precisaremos viver essa pobreza de que fala o Papa, para podermos pregar o evangelho. Se não, seremos como o sepulcro caiado, que por fora é bonito, mas por dentro é cheio de podridão.

O Frei Cantalamessa, baseando-se no pensamento de Santo Agostinho, diz que o espírito de pobreza não se entende quando se tem por base o tempo: "Eu creio que não haja palavra mais urgente para trazer-se presente na vida do que a palavra eternidade". Porque quando digo "eternidade", todos os bens se relativizam. Tudo fica relativo.

O demônio nos prende a este tempo, a este lugar, a estas pessoas, a estes bens, a estas posses, aqui e agora. Deus nos liberta destes bens, deste mundo, desta vida, destas pessoas para a eternidade. Então, se o meu ponto de vista é a eternidade, minha vida será livre dos bens, não vou ser um idólatra do dinheiro nem das preocupações com os bens, não vou ser um idólatra do ter sempre mais nem deste ou daquele sistema. Vou estar livre, porque quando o meu referencial é a eternidade, tudo se torna ínfimo, tudo se torna muito pequeno.

Você pode se perguntar: "Nestes dias, meu Deus, com o que tenho me preocupado mais: com a eternidade ou com o que vou comer? Com a eternidade ou com o que tenho ganho? Com a eternidade ou com o que tenho que pagar? Com a eternidade ou com o que tenho que vestir?
Santo Agostinho diz: "À luz da eternidade, o rico parece um pobre mendicante, que teve uma noite só um belíssimo sonho; sonha que choveu sobre ele do céu uma grande herança. No sonho, vê-se recoberto de vestes esplendorosas, circundado de peças de ouro e prata, possuidor de campos e vinhas. No seu orgulho, despreza até seu pai, e faz de conta que não o reconhece. Mas eis que pela manhã, este homem levanta-se e se vê com um punhado de moscas nas mãos". O que ele quer dizer? Quando tenho em mira a eternidade, o homem mais rico entre os ricos é como um pobre mendigo, que sonha que ficou rico de repente.

Os celeiros

Em Fortaleza, o Pe. Daniel-Ange falou sobre a pretensão que temos de acumular nos celeiros e que queremos acumular cada vez mais os nossos celeiros, o luxo que queremos aumentar dos móveis que nunca voaram pela janela. O luxo que aumento nos meus carros, o luxo que aumento em minhas roupas, e não partilho com uma criança que está rua. Porque dá trabalho, porque é um viciado, porque hoje dou dinheiro e amanhã e ele volta para a rua. Porque se eu for fazer o serviço bem feito, vou ter de me meter "lá onde Judas perdeu as botas", conhecer a família dele, cuidar da escola dele, isso dá muito trabalho e eu sou muito ocupado!

Na minha Bíblia tem uma parábola que fala que um passa muito apressado porque tem de ir para o Templo, outro passa muito apressado porque vai resolver os seus negócios, e só o samaritano pára e socorre o homem que está no chão. Nós precisamos crescer no amor ao evangelho, na coerência, no chamado à pobreza evangélica, que, como ouvimos João Paulo II dizer, é para todos. É um dever, um compromisso de todos.

Quando Jesus diz: "Guardai-vos escrupulosamente da avareza", Ele está falando de céu ou inferno, de vida eterna ou perdição eterna.

Na mesma passagem de Lucas 12, no versículo 20: "Deus, porém, lhe diz: 'Insensato, nesta mesma noite, ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que ajuntaste, de quem serão?' Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus".

O profeta Isaías fala da pobreza espiritual: "Deus é um refúgio para o fraco, refúgio para o pobre em sua tribulação". Deus não é refúgio para o forte porque o forte não precisa de refúgio. O que pode tudo neste mundo não precisa de refúgio.

Às vezes alguém diz: "Ah, eu tenho cinco apartamentos, doze carros, dez fazendas... mas sou pobre de espírito, porque estou abandonado nas mãos de Deus". Não está! Se você tem cinco apartamentos, doze carros, dez fazendas, não diga que está abandonado nas mãos de Deus, não se iluda! Agora, se você tem isso e reduz ao mínimo que você precisa, e o resto partilha com os pobres, aí você pode seguir Jesus. Se você fica com o que é necessário para viver, e o resto partilha com os pobres, aí você é pobre de espírito.

Se você não restringe o que tem ao necessário para viver, você ainda não será pobre em espírito, porque ainda estará ajuntando bens sobre bens. É preciso coragem de partilhar, coragem de dar, a coragem que vem do amor. É dever nosso, como batizados, viver com o que precisamos, e não ter mais do que precisamos. É dever nosso dar o que não precisamos, partilhar o que não precisamos. Isso é uma graça, a graça da pobreza espiritual, a graça do abandono nas mãos de Deus. Isso é para homens e mulheres convertidos, homens e mulheres de coragem, que vivam o evangelho.

Olha o que diz João Paulo II sobre a pobreza de espírito: "Pobres de espírito são aqueles que, carecendo de bens terrestres, sabem viver com dignidade humana os valores de uma pobreza espiritual rica de Deus. E pobres de espírito são aqueles que, possuindo bens materiais, vivem o desprendimento interior e a partilha de bens com os que sofrem necessidades".

São Francisco vai mais a fundo: "Muitos há que são devotos na oração, são fortes no culto divino, praticam muito a abstinência, a mortificação corporal, mas por causa de uma única palavra que lhes possa ferir o próprio eu, ou por causa de algum bem que se lhes tire, logo se mostram escandalizados e ficam perturbados. Estes não são pobres de espírito, não odeiam a si mesmos e não amam os que lhe batem na face, segundo o evangelho".

Esse tema da pobreza, para quem é cristão, é sinônimo de muita reflexão, de muita oração, de muita conversão. E o prêmio é a liberdade. A liberdade para evangelizar. Quem não é pobre de espírito, quem ainda é avaro, não tem como pregar o evangelho. É preciso que sejamos livres dos bens da terra a ponto de partilhá-los, e só depois de partilhá-los seremos livres para evangelizar.

Comunidade Shalom

Mascarar as perdas ou aceitar a verdade


Provavelmente você já tenha ouvido falar sobre a fábula atribuída a Esopo, lendário autor grego: “A Raposa e as Uvas”. Com pequenas variações, diz a narração que uma raposa vinha faminta pela estrada até que encontrou uma parreira com uvas maduras e apetitosas. Passou horas pulando tentando pegá-las, mas sem sucesso algum... Depois da luta e já cansada pelo esforço frustrado, saiu murmurando, dizendo que não queria mesmo aquelas uvas, porque afinal elas estavam verdes e não deviam ser boas. Quando já estava indo embora, um pouco mais à frente, escutou um barulho como se alguma coisa tivesse caído no chão... Não pensou duas vezes e voltou correndo por pensar que eram as uvas que estivessem caído, pois bem sabia que estavam maduras... Mas ao chegar lá, para sua grande decepção, era apenas uma folha que havia caído da parreira. A raposa virou as costas e foi-se embora resmungando, amargurada, pelo resto da vida.

Isso aconteceu com a raposa da fábula, mas não só com ela. Quantas vezes temos atitudes como esta diante dos nossos fracassos? Aliás, chega a ser uma tendência natural de quem não consegue atingir uma meta: denegri-la para diminuir o peso do insucesso. No entanto, esta postura não resolve o problema, pelo menos para quem deseja viver em paz consigo e com seus semelhantes. Ninguém é feliz, verdadeiramente, se não vive na verdade. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8, 32).

É verdade que precisamos aprender cada vez mais a difícil arte de saber perder para mantermos a paz interior, já que constantemente, conscientes ou não, vivemos a dinâmica da conquista e da perda. Se não lidarmos pacificamente com esse processo, correremos o risco de fugirmos da realidade e mentirmos para nós mesmos, quando a saída seria admitirmos nossos limites e buscarmos a superação com humildade e reconciliados com a dinâmica da vida.

A raposa sabia que as uvas estavam maduras e apetitosas e foi injusta consigo ao afirmar que estavam verdes e que não tinha interesse nelas. E nós? Nunca agimos assim? Ao mentirmos para nós mesmos optamos por viver na ilusão, travamos um duelo entre a verdade que está diante dos nossos olhos e a mentira que escolhemos ostentar. Não podemos seguir o exemplo do animal narrado na fábula. É tempo de reconciliação com a verdade que se esconde entre as máscaras, as quais, mesmo sem perceber, muitas vezes, vamos usando para disfarçar a dor das perdas.

A vida nos ensina que nem sempre ganhamos e nem sempre perdemos, mas uma coisa sempre acontece: acrescentamos experiência à nossa existência. Os erros trazem grandes lições e os acertos também, é preciso estar atentos aos detalhes.

Quando tudo parece perdido, calma! Sempre existe uma maneira de “virar o jogo”; por meio da fé, sabemos que Deus é o principal interessado em nos ajudar. Seu maior desejo é nos ver felizes. Recorramos a Ele!

Por mais que as “uvas”, que você deseja hoje, estejam distantes do seu alcance, não se desespere nem se engane dizendo que elas estão “verdes”. Admita a perda e lute pela vitória. O tempo é nosso aliado também nessa matéria.

Quem sabe se a raposa tivesse esperado um pouco não tivesse visto as uvas caírem aos seus pés? Talvez a vida hoje esteja lhe pedindo calma... O imediatismo próprio da nossa época, muitas vezes, nos rouba a sublime arte do saber esperar o tempo certo para cada coisa. Grandes sábios da história ensinam de diversas maneiras essa mesma lição.

Esperar o tempo de Deus, reconciliado com sua verdade, pode ser o caminho seguro para a felicidade que você procura. A cada amanhecer temos uma nova chance de acertar. Recomeçar, entre perdas e ganhos, faz parte da bonita dinâmica da vida.

Coragem! Temos um novo dia, uma nova chance.

Djanira Silva
Canção Nova

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Recebendo respostas

Deus tem se manifestado através de acontecimentos únicos em nossa atualidade.

Vale a pena ler estes artigos:

Tony Blair: sociedade precisa deixar espaço para a fé.
Reconhecido cientista assegura: papa tinha razão sobre a AIDS.

Perseverar na oração e mudar o mundo! O testemunho convence "os grandes".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Uniforme

Modelo da camiseta do GON




Sequencia: Frente e costas
Tamanhos: P M G GG (baby look e camiseta)
Preço: R$25
Tratar com o Comitê de Comunicação o mais rápido possível!

OBRA NOVA, lyfe style!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

H1N1

Orientações da Arquidiocese de Florianópolis para suas Paróquias enquanto perdurar o surto da Gripe A (H1N1)

A difusão do vírus H1N1, responsável pela “gripe suína”, tem levado as autoridades sanitárias de nosso país a tomar uma série de medidas que necessitam, para serem eficazes, do apoio de todos. Por isso, visando à preservação da saúde de nosso povo e, enquanto o surto dessa doença não estiver sob controle, pedimos que nossas Paróquias levem em conta as seguintes orientações:

1º) aproveitar as reuniões, os encontros e outros contatos com paroquianos, a fim de esclarecê-los sobre as medidas preventivas indicadas pelas autoridades competentes para se evitar o contágio com a doença e, se for o caso, para se verificar o modo de tratá-la (cf. www.saude.gov.br);

2º) manter os ambientes da igreja (salões paroquiais e salas de reuniões) sempre bem arejados;

3º) desativar a pia de Água Benta na entrada das igrejas;

4º) evitar apertos de mão dos Ministros da Acolhida, na entrada do povo para as celebrações;

5º) nas celebrações, evitar tanto o gesto de dar as mãos durante a oração do Pai Nosso, como a saudação da Paz;

6º) a sagrada Comunhão deve ser distribuída nas mãos dos comungantes;

7º) evitar a distribuição da sagrada Comunhão sob as duas espécies;

8º) Ministros da Comunhão que estiverem gripados ou resfriados não devem auxiliar na distribuição da Sagrada Comunhão, enquanto se encontrarem doentes;

9º) mais do que nunca, os Ministros devem observar a norma de lavar as mãos antes e depois da distribuição da sagrada Comunhão;

10º) colaborar com a difusão de cartazes, folders e folhetos orientativos sobre os cuidados essenciais com a saúde e de prevenção contra a nova gripe e expô-los de forma visível, em locais de circulação dos fiéis;

11°) recomendar aos paroquianos que estiverem gripados ou resfriados que evitem participar das reuniões promovidas pelas pastorais paroquiais, até que estejam curados da doença.

Sabemos que, em momentos como este que nossa sociedade está vivendo, o pânico é um comportamento prejudicial e ineficaz. Não se pode, por outro lado, deixar de tomar medidas que, embora simples, são de grande eficácia para impedir a difusão de um vírus como o H1N1.

Jesus Cristo deixou claro que a cura dos doentes é um sinal da chegada do Reino de Deus (cf. Lc 10,9). Lembrados da atenção que os enfermos receberam do Senhor, que sempre lhes demonstrou a importância da preservação da saúde, tenhamos, nós também, uma atenção especial pelos doentes. “Feliz o homem que cuida do fraco, no dia da desgraça o SENHOR o libertará” (Salmo 41/40,2).

Agradecido pela atenção que derem a essas orientações, abençoa-os,

Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de Florianópolis
Florianópolis, 7 de agosto de 2009.

domingo, 9 de agosto de 2009

O fazendeiro de Deus

O periódico The Youth’s Instructor, de 17 de outubro de 1944, publicou a seguinte história, relacionada com a grande decepção pela qual milhares de adventistas passaram após o dia 22 de outubro de 1844:

O Sr. John Howlett tinha em sua fazenda uma grande plantação de batatas. Sua esposa Lizzie um dia lhe perguntou:

– John, você não vai colher as batatas? Já passou muito da época de colhê-las.

– Eu sei, eu sei – respondeu ele. – Mas eu não vou colher as batatas.

– Não vai colhê-las? As batatas vão apodrecer embaixo da terra, quando chegar o inverno.

– Não se preocupe, Lizzie, Jesus está para voltar. Não vamos precisar guardar batatas para o inverno. Estaremos no Céu. Também não tenho tempo de colhê-las, pois preciso proclamar a mensagem da volta de Cristo.

– Está certo, está certo – respondeu Lizzie.

A zombaria dos vizinhos de John foi ainda maior quando se constatou que havia ocorrido um erro na interpretação das profecias relacionadas com o ano de 1844. Além de ser considerado louco por não colher as batatas na época certa, John foi também chamado de pregador de uma falsa mensagem. Mas, apesar do equívoco, Deus estava com Howlett e com os demais adventistas.

Com o coração ainda angustiado pelo despontamento, John Howlett resolveu colher as batatas. Naquele ano, uma praga atingiu as batatas que estavam armazenadas nos celeiros, e os vizinhos que haviam zombado de Howlett perderam toda a colheita. As batatas que ficaram no solo, entretanto, não foram atingidas pela praga. Howlett generosamente partilhou com os vizinhos sua colheita e isso impressionou grandemente aqueles que o haviam chamado de louco. Deus cuidara de Seu filho.


Quando assisti “O Fazendeiro e Deus” (Faith Like Potatoes, 2006), lembrei-me da história de Howlett, ocorrida há mais de um século e meio. O filme conta a história real de Angus Buchan, um fazendeiro africano descendente de escoceses. Quando a situação em Zâmbia fica complicada, Buchan vende sua fazenda e se muda com a esposa e os filhos para a África do Sul. Dono de um temperamento difícil e muito estressado com a dura tarefa de transformar um pedaço de terra num local produtivo, Buchan finalmente encontra a paz no momento em que entrega a vida a Jesus. Mas não é “só” isso: ele se torna um homem cuja fé é capaz até de ressuscitar mortos; um pregador simples, porém comprometido com a missão de mostrar às pessoas que Deus é real e se importa com Seus filhos.

Para Angus, a fé tem que ser como batatas: crescem de maneira invisível debaixo da terra, mas são reais como o ar que se respira. A vida dele, como a de muitos preciosos cristãos, é a expressão prática das palavras de C. S. Lewis: "O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, e, se é verdade, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância."

“O Fazendeiro e Deus” é um filme tocante que mostra o quanto Deus está disposto a agir na vida daqueles que se entregam de coração, não importa onde vivam ou quão pecadores tenham sido.

Michelson Borges
Bons filmes

A vocação acontece na juventude

Você é sempre chamado. Mesmo que não saiba, dentro de você há uma voz que convida e diante da qual você se curva, sendo obrigado a dizer um sim ou um não. Quando você diz talvez, na realidade você está dizendo: agora não. Depois eu decido. Houve um não, disfarçado em talvez.

A grande verdade da vida é que ela vive dizendo sim e não e exige de nós uma resposta. Daí porque felicidade é saber dizer sim à vida, mesmo quando ela parece estar dizendo não ao nosso íntimo.

Quando o mundo tem necessidade de você e não recebe uma resposta, ele começa a ficar cada dia mais atrevido, até que você tenha a coragem de dizer qualquer coisa: sim ou não, mas responder você precisa.

Deus conta com você desde o dia do seu nascimento e já faz muito tempo que você está sendo chamado. Se você, rapaz ou moça, ainda não percebeu é porque não aprendeu a distinguir os sinais dos tempos. De você está dependendo muita coisa de hoje e de amanhã. É a história da semente eu deixou de ser plantada há vinte anos e que hoje não é árvore nem milhões de outras sementes, porque disse não à vida que lhe pediu que fosse para debaixo da terra, para que ela pudesse nascer de novo.

Quem vive dizendo talvez, não sei, quem sabe, pode ser, é em geral aquele que tem medo de dizer sim e tem medo de dizer não. O medo é o maior inimigo de uma vocação cristã, o risco, o mais notável componente, e a paz, o resultado mais concreto.

Quando Deus chama, você não vê, não ouve e não sente nada. Você apenas assimila e de repente começa a ficar inquieto pelo povo e pelo futuro. De repente você começa a entender que sua vida não tem nenhum sentido longe do povo de Deus. Aí então você assume plenamente seu matrimonio, ou o seu namoro, ou a sua vocação para o celibato e diz um sim para o que der e vier.

A partir daquele momento Deus o chama de amigo, não de súdito. A partir daquele momento o mundo o chama de irmão e não de líder. Não procure a voz de Deus, nem o seu vulto, nem os seus gestos, caso você queira saber se tem vocação ou não tem. Olhe para si mesmo e veja se você tem fome de justiça.

A caridade é o próximo passo. Não deixe que Deus fique chamando. Chame você também. Quando nascer o diálogo, a vocação terá se tornado uma realidade e você será um cristão segundo a vontade infinita e soberana do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

OLIVEIRA, José Fernandes de (Pe. Zezinho). Coleção Compromisso: Um jovem custa muito pouco. São Paulo: Paulinas, 1976. p. 73-74.

Ser tradicional é coisa de outro século?

Hoje conversava com uma amiga e lhe dizia que “um dia ainda faço de ti uma mulher tradicional”. Não que ela fosse modernista; pelo contrário, está bem à frente da maioria das mulheres moderninhas e modistas de hoje.

Ao que lhe dizia, ela me respondeu com outra pergunta: “Mas você quer que eu seja tradicional de que século?”

Equívoco comum nos tempos atuais é achar que o tradicionalismo é coisa de tempo passado ou de outro século. Mas não podemos culpar quem assim pensa. Falsos tradicionais se levantam sempre e aos montes, achando que tradição é conservar um anseio meramente saudosista pelo passado, falar latim da boca para fora, vestir-se elegantemente por mera contrariedade ao mundo moderno.

Não, isso não é tradicionalismo.

Ser tradicional não é ser retrógrado, não é ser “do passado”. Ser tradicional não é ser de “outro século” ou quiçá de “outra dimensão”. Não é tampouco andar com um terno bem cortado ou usar uma mantilha na Missa por mero exibicionismo. Não é cultivar costumes “de tempos antigos” por mera exterioridade.

Nada disso é verdadeiro tradicionalismo.

Ser tradicional não é coisa meramente exterior; é antes um estado de espírito.

Ser tradicional não é encher-se de “valores do passado”, mas saber que, apesar do correr das gerações, existem valores que não mudam com o tempo.

Ser tradicional não é cultivar costumes antigos por mero saudosismo, mas saber que a beleza destes costumes é a mesma ontem e hoje. Uma mulher usando mantilha na Santa Missa é tão bela hoje quanto o foi séculos atrás, quando São Paulo lhes dizia para cobrirem os cabelos (I Coríntios 11,5-6). Um Padre de batina é tão elegante hoje quanto o era séculos atrás, na pequena paróquia de Ars.

Ser tradicional não é balbuciar latinismos arcaicos, mas saber que o latim possui uma beleza de tal maneira imutável e uma segurança de tal maneira verificável, que é melhor que toda Missa seja em latim.

Ser tradicional não é vestir-se com um terno bem cortado por mero exibicionismo, mas vestir-se com um terno bem cortado para refletir no porte exterior a paz e a ordem interior (São Josemaría Escrivá, Caminho, n.3). É cultivar antes a elegância cristã que a estéril vaidade.

Ser tradicional de verdade, enfim, é saber que existem coisas que não mudam. É saber que existem coisas que Deus e a Igreja puseram deste modo, e assim serão para sempre.

É saber que nós, homens, somos por natureza terrivelmente mal-educados e que, para expressar em nosso porte a graça do Evangelho, devemos cultivar o cavalheirismo, a virilidade, as virtudes machazas (o auto-domínio, a audácia, a coragem, o desapego das coisas terrenas, a educação…); e, no caso das mulheres, cultivar sua verdadeira feminilidade - não aquele simulacro de feminilidade das feministas, mas aquela natural delicadeza da Virgem Maria saudada pelo anjo, concomitantemente à intrepidez da Senhora que pôs medo nos demônios (quem melhor para ensinar a ser mulher do que a Mulher maior, Nossa Mãe).

É saber que o matrimônio é entre homem e mulher, que o sexo é sagrado e somente pode ser praticado no ato conjugal.

É saber que homem e mulher se unem por amor e têm a máxima expressão de seu amor no filho; e por isso: “Filhos, muitos filhos, e um rasto indelével de luz deixaremos, se sacrificarmos o egoísmo da carne” (Caminho, n.28).

É saber que a Missa é o Santo Sacrifício de Cristo renovado no altar, e por isso se deve assisti-la com a máxima reverência, sem palmas e balbúrdias, costumes horríveis de protestantes neo-pentecostais.

É saber que Cristo só nos deixou um Evangelho, uma Doutrina, uma Moral, e que “ainda que alguém - nós ou um anjo descido do céu - vos anunciasse um Evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema” (Galátas 1,8).

É saber que, não obstante o decurso dos tempos, o importante é manter-se firme naquelas bases sólidas que o Cristianismo nos legou, bases que não mudam, que não podem mudar; se mudassem não seriam sólidas e nos levariam a não termos personalidade - exatamente como as modas efêmeras deste mundo que passa…

Não é se afastar do mundo, por um saudosismo estéril ou um puritanismo protestante. É fazer como aconselhava São Josemaría: “Sede homens e mulheres do mundo, mas não sejais homens ou mulheres mundanos” (Caminho, n.939).

Porque, como diz Chesterton: “É fácil ser louco; é fácil ser herege. É sempre fácil ser um modernista [...]. Cair em qualquer uma das ciladas explícitas de erro e exagero que um modismo depois de outro e uma seita depois de outra espalharam ao longo da trilha histórica do cristianismo - isso teria sido de fato simples. É sempre simples cair”.

Fácil é ser modernista; difícil é não seguir a “onda passageira” das modas.

Isso é ser verdadeiramente tradicional.

E não há nada mais emocionante e aventureiro do que sê-lo.

***
Agora passando ao aspecto prático.

Para as mulheres que querem se rebelar contra o modismo feminista sem noção e resgatar a tradicional e verdadeira feminilidade, leiam o Femina da minha cara amiga Aline Brodbeck. Leiam tambem La mujer, de Nuestro Padre Marcial Maciel, LC. E não queimem seus sutiãs! É coisa de loucas…

Para os homens desejosos de cultivarem a verdadeira masculinidade, que comporta o tradicional cavalheirismo, leiam o Blog do Vitola e o do Luís Guilherme. Leiam El hombre del Reino, de Nuestro Padre Marcial Maciel, LC.

Para os padres, usem suas batinas e celebrem com dignidade! Confessem, confessem, confessem; celebrem a Missa todos os dias e confessem de novo. Isso é ser padre bom e de tradição. Assim foram os bons padres de todas as épocas. Não saiam por aí vestidos como leigos e falando sobre auto-ajuda e cheios de sentimentalismo. Isso não é ser padre. Padre é servir, não se exibir. Leiam a vida do Santo Cura de Ars e do Beato Antônio Chevrier.

E para todos, sem exceção, não esqueçam de Cristo e de sua Igreja. Leiam Caminho e Cristo al Centro diariamente.

Isso é tradição de verdade.

Taiguara Fernandes
En garde!

sábado, 8 de agosto de 2009

Missão é MISSÃO!

REPRESENTANTE VATICANO PEDE URGÊNCIA NA MISSÃO EVANGELIZADORA

Prefeito da Congregação para o Clero enviou carta aos presbíteros

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 4 de agosto de 2009 (
ZENIT.org).- O prefeito da Congregação para o Clero, Dom Claudio Hummes, enviou uma carta aos presbíteros em que pede urgência na missão evangelizadora.

Com ocasião do Dia do Presbítero, que se celebra hoje, festividade de São João Maria Vianney, o cardeal Hummes afirma que os católicos não podem ter medo da missão.

Dom Claudio reconhece que hoje se vive em uma cultura marcada por “um relativismo que recusa toda afirmação de uma verdade absoluta e transcendente e, em consequência, arruina também os fundamentos da moral e se fecha à religião”.

“Dessa forma, perde-se a paixão pela verdade, relegada a uma ‘paixão inútil’. Jesus Cristo, no entanto, apresenta-se como a Verdade, o Logos universal, a Razão que ilumina e explica tudo o que existe.”

Segundo o cardeal, frente a esse processo de descristianização, “não podemos nem desencorajar-nos nem ter medo da sociedade atual nem simplesmente condená-la. É preciso salvá-la”.

“Sem dúvida, também os assim chamados “pós-cristãos” poderiam ser tocados e reabrir-se, caso fossem levados a um verdadeiro encontro pessoal e comunitário com a pessoa de Jesus Cristo vivo.”

“Em tal encontro, cada pessoa humana de boa vontade pode, por Ele, ser alcançada. Ele ama a todos e bate à porta de todos, porque quer salvar a todos, sem exceção. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, para todos. É o único mediador entre Deus e os homens”, afirma.

Neste sentido, o prefeito da Congregação para o Clero afirma que especialmente os pastores são “chamados com urgência à missão”.

“Não podemos ter medo nem permanecer quietos em casa”. “Não lançaremos a semente da Palavra de Deus apenas da janela de nossa casa paroquial”, afirma.

O cardeal Hummes pede que se saia “ao campo aberto da nossa sociedade, a começar pelos pobres, para chegar também a todas as camadas e instituições sociais”, pede “visitar as famílias, todas as pessoas, principalmente os batizados que se afastaram”.

“Nosso povo quer sentir a proximidade da sua Igreja. Faremo-lo, indo à nossa sociedade com alegria e entusiasmo, certos da presença do Senhor conosco na missão e certos de que Ele baterá à porta dos corações aos quais O anunciarmos”, escreve o cardeal.

Saudade dos pais de outrora

Especial do Diário de Pernambuco: O novo pai. Cinco histórias diferentes: “Pai até debaixo d’água”, “De malas prontas para ser pai”, “Pais com orgulho e sem preconceito”, “Nove meses de espera” e “Os seus, os meus, os nossos filhos”. Só a primeira é que pode ser classificada como um bom exemplo; as demais, são anti-exemplos. Um pai separado na segunda história, duas duplas de homossexuais na terceira e na quarta, um adultério na quinta.

Famílias separadas, famílias misturadas, “famílias” que nem são famílias: é isto que a sociedade atual louva como sendo sinal de progresso e de modernidade! É bonito o sr. João Guilherme mudar-se para São Paulo para ficar perto da filha? Sem dúvidas, é louvável; mas por qual motivo ele abandonou a esposa e a filha? Lembro-me de Gustavo Corção, em seu livro Claro Escuro, falar sobre o divórcio e os filhos nos seguintes termos, duros, mas sinceros (cito de memória e não ipsis litteris): “dizem que um casal que se divorcia está disposto a qualquer coisa para o bem dos filhos. É mentira. Eles estão dispostos a tudo, menos a ficar juntos pelo bem dos filhos”.

O bem dos filhos, jogado às favas nesta avidez de novidades! É bonito ver o amor da jovem Mara pelo sr. Arruda, atual companheiro de sua mãe? Sim, é. Mas vejam o que diz a menina: “Meu pai biológico viaja muito e ele [Arruda] meio que ocupa este espaço e faz a saudade diminuir”. O que passa pela cabeça de um pai, para deixar o seu espaço no seio familiar ser ocupado por um estranho? Com quais valores crescem estas crianças?


No entanto, se tudo isso já é ruim, as histórias dos “pais” homossexuais são péssimas. “Há sete anos, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu pela primeira vez a um homem solteiro o direito de adotar uma criança”, diz a terceira história. Este homem “solteiro” vivia - e vive até hoje - com outro homem. E o que diz a criança, hoje com sete anos de idade? “Amo meu pai. Ele é a minha paixão. Ele é carinhoso, brinca comigo, joga bola de gude. Ele me ama, e meu outro pai também me ama”.

Não há nomes nos “pais” da quarta história. Só os fatos: “Juntos há cinco anos e casados há dois (?!), eles sempre sonharam em ter um filho”. Conseguiram, numa “adoção à brasileira” (as aspas são da matéria), uma menina. E ela já fala: “A primeira vez que ela falou ‘papai’, há um mês, foi emocionante. Um é pai outro é papai”…

Caricaturas de famílias: é onde muitas crianças estão crescendo e sendo educadas, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Utilizadas como cobaias de experimentos sociais contrários à Lei Natural. E aplaudidos pela cupidez de coisas novas da sociedade que se esqueceu de Deus. Saudades dos homens viris, dos chefes de família, cabeças do lar. Saudades dos pais de antigamente, dos pais que eram - de fato e de direito - pais. Que Deus tenha piedade de nós. E que olhe com particular cuidado por estas crianças, que não têm culpa de serem cobaias das experiências loucas de um mundo sem Deus.

Jorge Ferraz
Deus lo vult!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O que me entristece

Mundo de ateus, de cristãos que vivem como pagãos, de hereges, de supersticiosos levados por qualquer vento de doutrina e por aí vai…

Se está buscando uma vida fácil, então a sua não é a fé católica. Pelo menos faça uma opção. Se a vida católica não é para você, então faça outra coisa. Porém, se vai afirmar que é católico, que o viva. Viva a sua vida. Isso é o que necessitamos. Necessitamos de guerreiros. Necessitamos de santos na terra agora. Necessitamos de pessoas que dêem as costas para o pecado.
(Jim Caviezel, ator que representou Jesus no filme “A Paixão de Cristo”, em entrevista feita um ano antes de ser convocado por Mel Gibson para o papel)



Isso dói. Mas tem uma outra dor, uma outra tristeza, que me afeta intensamente. A dor daqueles que, dizendo-se católicos praticantes (terminho infeliz – ou se é ou não se é –, mas por vezes necessário), líderes de movimentos da Igreja, não são verdadeiramente Igreja. Luteros dos tempos atuais, será?

R-E-LA-T-I-V-I-S-M-O.

Se o Papa diz isso, não importa, eu não acho. Se tal dogma existe, eu não concordo. Contraria a minha opinião. Meu Deus, quanto achismo! É por tantos achismos imbecis – perdoem-me o termo – que a sociedade está tão confusa. Todo mundo tem liberdade de expressão – graças a Deus, Ele próprio nos conferiu o livre arbítrio -, não sou louca de contestar tal fato. Mas o que eu acho interessante é a capacidade das pessoas tratarem as suas próprias verdades como sendo a lei do universo. Não há fundamento nem científico, nem empírico, não há a busca da Verdade, há apenas achismo. Se a minha mente mirabolante foi capaz de criar tal teoria, é verdade. Por quê? Porque é. E ai de quem discorda.

Mas amados, como bem disse o Padre Paulo Ricardo em uma de suas palestras, sou eu que preciso me dobrar diante de Deus, Verdade Incriada, e não Ele se adaptar à minha mente limitada. Deus não cabe nos meus vãos devaneios… Ele vai além! Ele é Deus! Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, Nosso Senhor Jesus Cristo. Se Ele instituiu a Igreja Católica, quem sou eu para contestar? Você tem o direito de crer no que quiser, mas eu grito no silêncio do meu coração: se for pra ser Católico Apostólico Romano, o seja de verdade. Ninguém te obriga, mas se for ficar, que seja por amor. Que seja para doar a vida, para abraçar a fé.

Voltai, ovelhas perdidas da casa de Israel. Conheçam antes de falar, pesquisem antes de sair criticando. Vamos parar de dar uma de jornalistas fuleiros que, baseados em uma frase fora de contexto, fazem uma matéria bombástica para se promover. Quem tem que aparecer é Jesus, e não a gente.

É engraçado que todo mundo pode falar o que quiser, mas quando a Igreja se pronuncia a mídia e a sociedade se revoltam. É fácil ter opinião contrária neste caso, né? É fácil polemizar assuntos quando se sabe que virão aplausos. Eu quero ver quem tem coragem de defender a sua fé em um meio que está todo mundo contra, em que ridicularizam a nossa Tradição, as Escrituras, o Magistério… Parafraseando Castro Alves, “levantai-vos, santos do novo mundo”. Não entende? Procure na fonte, no coração da Igreja – é, aquela Igreja que Jesus instituiu e que, em meio a tantos ataques até hoje está de pé e assim permanecerá, visto que “as portas do inferno jamais prevalecerão sobre ela” – os motivos, os porquês e a mística do Amor, que perpassa todo o entendimento.

Se quer falar besteira, fale em seu nome. Mas não fale como católico. Só se deve levantar uma bandeira quando realmente se acredita nela. Levantá-la e falar mal das cores, da textura, não convém. A Igreja é muito mais linda do que podemos enxergar, precisaríamos de uma visão sobrenatural para entender. Além disso, ela é mãe, e está pronta para acolher. “Ah, mas e o pecado dos padres? E as fofocas das doninhas?”…

Vamos tirar os olhos dos homens e colocá-los no Cristo. Maldito o homem que confia no homem, já nos diz a Palavra. Quem é chamado por Deus, o é por GRAÇA, e não por mérito. Não procure mérito nas pessoas, pois você corre o grande risco de se decepcionar, como muitas vezes já se decepcionou com si mesmo. A Igreja é a casa dos pecadores, são pecadores que você encontrará nela… Mas pecadores que reconhecem as suas limitações e, abandonados nas mãos do Senhor, lutam pelo Céu!

Abaixemos a nossa dura cerviz e peçamos à Virgem Santíssima a graça de nos conformar com o coração do Seu Filho Jesus. Querer o que Ele quer, pensar como Ele pensa. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”. Que Jesus, a própria Verdade, converta o nosso coração de pedra e abra as nossas mentes para aquilo que não passa, e jamais passará. Concentremos a nossa esperança na Eternidade e as demais glórias e sabedorias mundanas cairão por terra. Como diz meu querido amigo Carlos Gonçalves, hoje seminarista do Instituto Verbo Encarnado: “quando conhecemos a Verdade, que é Jesus Cristo, a gente se liberta desse mundo de mentiras”.

Meus queridos, conheçamos a Verdade antes de pensar em abandoná-la! Experimentemos o que sentia Pedro ao dizer “aonde iríamos nós, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna”. O resto é ilusão.


Marcela Giulia
Beleza Real