2012 começou e você 'tá' perdido? O GON te ajuda...

Com Jesus nunca vai faltar estepe quando os pneus furarem na estrada da sua vida. ;)

Simplesmente perdoar

Nos afastamos de Deus. Sim por que a falta de perdão é falta de amor. Logo, falta de amor é falta de Deus. Com Deus longe deixamos espaço para o "orgulhoso" agir.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Proclamar a Boa Notícia


por Rodrigo Laufer

Os dias 17 e 18 de dezembro de 2010 ficarão gravados para sempre no coração de aproximadamente 100 jovens de nossa arquidiocese que participaram do projeto Jesus na ilha. Estes dois dias foram dias de formação para os jovens que serão missionários no Projeto Jesus no Litoral, que é um projeto dirigido pela RCC Brasil e que em nosso estado acontecerá nos dias 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro em Balneário Piçarras e 02 de janeiro em Balneário Camboriú. Este projeto de evangelização é uma resposta ao pedido de Jesus “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia a toda humanidade”. (Mar. 16,15)

O projeto Jesus no litoral é um momento em que a igreja nos envia a evangelizar, momento em que missionários saem de dentro das da igreja, assim como saíram os discípulos do cénaculo e vão as praias onde nesta época há uma concentração em massa da população para anunciar o querigma, ou seja fazer o primeiro anúncio da Boa Nova, do amor de Deus que é infinito e especial por cada um de nós, do pecado que nos distancia deste grande amor, de Jesus Senhor e Salvador de nossas vidas, da importância da fé e conversão, do quanto a ação do Espírito Santo nos transforma e impulsiona e da importância da vida em comunidade.

Nestes dois dias os jovens puderam colocar em prática na cidade de Florianópolis na praia de Canasvieiras, o que acontecerá no Jesus no litoral. Os jovens saíram em missão nas praias, enviados pela igreja na pessoa do Padre Onésio pároco da paróquia que nos acolheu, para fazer este anúncio do amor de Deus, foi pouco o tempo de missão, mas o suficiente para mostrarmos a nossa identidade de jovens cristãos católicos apaixonados por Deus e pela igreja, e com sede de anunciar em Deus vivo e presente.

Tempo suficiente também para ficar gravado no coração de cada jovem a experiência de sair de dentro da igreja e de falar da sua experiência com a Pessoa de Jesus, pois segundo o documento de Aparecida 2007 p.13 “a todos nos toca recomeçar a partir de Cristo, reconhecendo que não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e com isso, uma orientação decisiva”.

“Os jovens são sensíveis a descobrir sua vocação a ser amigos e discípulos de Cristo. São chamados a ser “Sentinelas da manhã”, comprometendo-se na renovação do mundo à luz do Plano de Deus. Não temem o sacrifício nem a entrega da própria vida, mas sim uma vida sem sentido”. (DOCUMENTO DE APARECIDA, 2007 P. 199)

“Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade” (Mar. 16,15), assim Jesus nos pede e hoje a igreja nos envia.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Que é o Natal?

Eu, menino, sentado na calçada, sob um sol escaldante, observava a movimentação das pessoas em volta, e tentava compreender o que estava acontecendo.

Que é o Natal? Perguntava-me, em silêncio.

Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que Papai Noel, em seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças.

E por que então, eu, que passo a madrugada ao relento nunca vi o trenó voador? Onde estão os meus presentes? Perguntava-me.

E eu, menino, imaginava que o Natal não deveria ser isso.

Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais amigas umas das outras.

Ou talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão.

Mas então por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso? Perguntava-me, com tristeza. E por que a polícia trabalha no Natal?

E eu, menino, entendia que não devia ser assim...

Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico porque as pessoas enchem as igrejas em busca de Deus.

Mas por que, então, não saem de lá melhores do que entraram?

Debatia-me, na ânsia de compreender essa ocasião diferente.

Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento...

E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem...

Era um belo homem...

Não era gordo nem magro, nem alto nem baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, nem amarelo ou vermelho.

Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz em tom de afago, saudou-me:

Olá, menino!

Oi!... respondi, meio tímido.

E, com grande admiração, vi-o acomodar-se a meu lado, na calçada, sob o sol escaldante.

Eu, menino, aceitei-o como amigo, num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia:

Que é o Natal?

Ele, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno:

Meu aniversário.

Como assim? Perguntei, percebendo que ele estava sozinho.

Por que você não está em casa? Onde estão os seus familiares?

E ele me disse: Esta é a minha família, apontando para aquelas pessoas que andavam apressadas.

E eu, menino, não compreendi.

Você também faz parte da minha família... Acrescentou, aumentando a confusão na minha cabeça de menino.

Não conheço você! eu disse.

É porque nunca lhe falaram de mim. Mas eu o conheço. E o amo...

Tremi de emoção com aquelas palavras, na minha fragilidade de menino.

Você deve estar triste, comentei. Porque está sozinho, justo no dia do próprio aniversário...

Neste momento, estou com você! Respondeu-me, com um sorriso.

E conversamos...uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um grande sentimento, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.

A noite chegou... E as primeiras estrelas surgiram no céu.

E conversamos... Eu, menino, e ele.

E ele me falava, e eu O entendia. E eu O sentia. E eu O amava...

Eu, menino: sou as cordas. Ele: o artista. E entre nós dois se fez a melodia!...

E eu, menino, sorri...

Quando a madrugada chegou e, enquanto piscavam as luzes que iluminavam as casas, Ele se ergueu e eu adivinhei que era a despedida. E eu suspirava, de alma renovada.

Abracei-O pela cintura, e lhe disse: Feliz aniversário!

Ele ergueu-me no ar, com Seus braços fortes, tão fortes quanto a paz, e disse-me:

Presenteie-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é sua... Ame-os com respeito. Respeite-os com ternura, com carinho e amizade. E tenha um feliz Natal!

E porque eu não queria vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-O, levando-O para sempre no mais íntimo do coração...

E saí em busca de braços que aceitassem os meus...

E eu, menino, nunca mais O vi. Mas fiquei com a certeza de que Ele sempre está comigo, e não apenas nas noites de Natal...

E eu, menino, sorri... pois agora eu sei que Ele é Jesus... E é por causa Dele que existe o Natal.



Autor: Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto de Fábio Azamor.




O Grupo Obra Nova deseja a todos um feliz e iluminado Natal, que o menino Jesus traga a nós todos muita paz, esperança, amor ao próximo!!!


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal, com que vou presentear?



por: Pe. Marcelo Telles - Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Bairro PROCASA, São José(SC)

Faltam apenas alguns dias para comemorarmos uma das datas mais importantes para o Cristianismo. Pode-se dizer que é uma das verdades de fé mais significante, pois a partir da Encarnação do Filho de Deus, se dá a confirmação das promessas feitas ao seu povo por mais de um século de que não deixaria inacabada sua obra.

O Natal do Senhor hoje em dia fica um pouco atropelado pela figura do Papai Noel, pois com o uso da figura do bom velhinho se comercializa a idéia dos presentes a serem dados aos semelhantes.

Pois bem! Também na imagem do nascimento do Menino Jesus, entra a idéia do presentear, basta olhar os Três Reis Magos que ao visitá-lo em Belém, trouxeram ouro, incenso e mirra. Como também os Pastores, ao irem até a Manjedoura lhe deram ovelhas.

Então se pode dizer que o Natal do Senhor traz também a idéia do presentear. Aliás, o primeiro a nos presentear foi Deus, entregando aos braços da humanidade seu Filho Primogênito, que mais tarde seria imolado, como presente novamente de uma Aliança Eterna entre os homens e o Criador, entre a terra e os céus.

Aqui caberia a pergunta – Com que vou presentear o Menino Jesus?

As pessoas ficam envolvidas em comprar presentes para dar para seus amigos, para realização de amigos secretos, para entregar aos familiares, afilhados e tantos outros que fazem parte da sua vida cotidiana e talvez não tenha pensado no que oferecer Àquele que deveria ser o primeiro a receber um presente – o próprio Deus-menino.

Fica a interrogação do que você poderá dar ao Menino Jesus.

Diante dos olhos daquela criança que se esvaziou de si mesmo, saindo da realeza para estar com sua obra criada e ser uma delas, o que oferecer?

Diante daquele que é o dono de tudo, o que oferecer?

Diante daquele que é o perfeito, o que oferecer?




Na cena do Presépio os que vieram lhe visitar trouxeram o que tinham com fruto de sua realidade, como pertençes que significam suas histórias, suas vidas.

Talvez se deva oferecer junto ao Deus-menino aquilo que é seu próprio, as imperfeições, as inquietações que só ele pode transformar em perfeições, em serenidade e paz.

Talvez se deva ir mais fundo e oferecer junto ao Deus-menino os seus sonhos, o seu “eu”, sua vontade e desejos; assim ele ao olhar com um olhar de criança acabe desarmando a prepotência, o orgulho, a vaidade, a indiferença para com os outros que vive o dia a dia ao seu lado.

Com que vou presentear o Deus-menino?

Uma resposta que é pessoal, intransferível; contudo, necessária se fazer para realmente se viver um santo e abençoado Natal do Senhor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Confraternização de final de ano do GON



Confraternização de final de ano do Grupo Obra Nova! Todos reunidos e muito felizes na graça do Senhor...
E que 2011 passa ser um ano tão maravilho quanto foi o de 2010, e que nossos corações estejam cada vez mais preparados a receber Jesus.
E ter a certeza de que somos mais que amigos!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Advento, um tempo rico de esperança.



por: Pe. Marcelo Telles - Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Bairro PROCASA, São José(SC)

Um vento novo estará para passar por nossas pastagens e renovar o vigor de todas as coisas. Um evento novo estará para acontecer chamando cada ser vivo a participar de sua forma de existir. Um tempo novo com ar de esperança da promessa a ser realizada.

Cada Advento é um convite para todos os cristãos se despertarem para o grande acontecimento que mudou a vida da humanidade. O cristianismo nas suas mais variadas formas de manifestações traz um grande presente à humanidade. Presente este que já a mais de dois mil anos fora vivido historicamente pelas criaturas, pelo ser humano – a presença do ser divino em forma humana (cf. Fl 2,6-11). Assumiu a condição humana para resgatar a todos.

Dentro da visão apresentada pelo Cristianismo, uma nova verdade de fé é expressa – Emanuel, o Deus conosco (cf. Mt 1, 23) – o Filho de Deus caminha com seu povo.

Por isto estas quatro semanas que antecedem a celebração do Natal do Senhor vêm ajudar aos homens de boa vontade e que se abre a esta grande verdade apresentada pelo Cristianismo, a se colocarem num caminho de espiritualidade de “grávido” ou “grávida”. Isto é, como o Senhor por intermédio do anjo Gabriel anunciou a Maria que fora escolhida para ser a Mãe do Salvador. Assim também hoje, cada ser humano é convidado a se deixar tocar pelo Espírito do Senhor e nestas semanas a preparar o seu interior para que o Menino Deus venha a nascer ou renascer com vitalidade de espírito, proporcionando assim uma retomada da vida de oração e de caridade cristã.



Deixar-se conduzir num sentido de gravidez, como quem recebe a notícia de que está para dar a luz. Ora, tudo muda, a forma de viver está voltada para o novo ser que há de vir. Assim deveria ser este tempo de espera do Natal. Um tempo em que se voltam às atenções para aquele que é a razão ultima de se viver – Jesus Cristo. Tudo só tem sentido se nossas razões estiverem fundamentadas nos princípios e valores que este Menino Deus vem aperfeiçoar e manifestar aos corações humanos.

Então é bem verdade que o brilho do Natal não está na exterioridade das coisas a serem feitas, mas sim na interioridade que faz brotar de dentro para fora as maravilhas que o próprio Deus da Vida e da Esperança faz crescer e ser multiplicado no convívio entre os seres vivos.

Aproveite então estas quatro semanas, para se voltar os olhares para dentro de si mesmo e perceber como está o ambiente coração; se está ou não preparado para gerar vida, gerar fraternidade, gerar solidariedade, gerar esperança, gerar alegria, gerar paz, gerar perdão, gerar comunidade.

É tempo de deixar o próprio vento que vem do Espírito do Senhor transformar, converter na perspectiva de se poder celebrar o verdadeiro Natal do Senhor.



Ter o desprendimento, coragem e a entrega que Maria o fez ao receber a notícia.

Ter a atitude de assumir para si esta grande verdade do Cristianismo – o Deus conosco quer ser acolhido, quer ser cuidado, quer se tornar vivo no meio da humanidade.

Ele continua a se apresentar não só em Espírito, mas também em diversas formas, entre tantas, a mais visível nos olhos daquela criança órfão de tudo, desprovida de tudo, esperando ser acolhida para poder viver com dignidade de filho de Deus, Pai de todos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ENJ 2010 – Proclama a Palavra, anuncia a boa notícia


por Rodrigo Laufer

Jovens de todos os estados brasileiros estiveram reunidos de 12 à 15 de novembro no Maracanãzinho Rio de Janeiro/RJ, local que por estes dias tornou-se o altar da juventude católica brasileira, o Encontro Nacional da Juventude 2010 organizado pelo Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica contou com a presença de milhares jovens que nestes dias de encontro puderam vivenciar profundos momentos de oração, de adoração a Jesus Eucarístico, celebrar as Santas Missas presididas pelo Bispo do Rio de Janeiro, pelo Pe. Sávio assessor nacional do setor Juventude-CNBB, entre outros sacerdotes, momentos de pregações e testemunhos, para se fortalecerem e levarem esta nova unção do Espírito Santo para os seus grupos de oração jovem e para todos os jovens de seus estados e cidades. E o estado de Santa Catarina esteve com uma expressiva representação com aproximadamente 220 jovens que fizeram muita festa e que também profundamente se entregaram nos momentos de oração, de adoração a Jesus Eucarístico para que ungidos pelo Santo Espírito possam proclamar a palavra e anunciar a boa notícia, sem medo e vergonha e como pede a palavra de Deus no tempo oportuno e também no tempo inoportuno.

O jovem precisa ser impactado pelo amor de Deus e pelo seu Santo Espírito, pois o jovem precisa viver uma alegria plena e não apenas alegrias momentâneas, e a única forma de viver essa alegria plena é através do Espírito Santo e assim terão coragem para proclamar que Jesus é o Senhor, em suas escolas, faculdades e em todas as suas realidades.

Um momento muito especial foi quando cada estado assumiu o compromisso diante da nação brasileira de não mais negligenciar o amor de Deus aos jovens e de proclamar a palavra e anunciar a boa notícia à juventude de seu estado. Cada estado recebeu uma cruz e um ícone de Maria que deverá passar por todas as paróquias até junho de 2012, ano que a cidade de Foz do Iguaçu/PR sediará o 1° Encontro Mundial da Juventude organizado pelo Ministério Jovem.

O ENJ 2010 proporcionou aos jovens um novo Pentecostes, um reavivar das chamas, e a partir deste encontro Jesus será levado com maior desejo a milhares de jovens brasileiros.

O grupo de Jovens Obra Nova agradece a todos que colaboraram para que oito jovens pudessem vivenciar este momento de profundo encontro com Jesus que é o nosso Senhor, e também se compromete a lutar ainda mais e com mais força pelos jovens de nossa comunidade e nossa cidade, nos comprometemos a proclamar a palavra e a anunciar a boa notícia de que Jesus é o Senhor e salvador de nossas vidas.

E em 2011 esperamos por você jovem no Encontro Regional da Juventude que terá como sede para a região Sul a comarca de Itajaí.

sábado, 13 de novembro de 2010

Encontro Nacional da Juventude 2010


O @gobranova está participando do ENJ2010. Temos oito representantes que em breve contarão pra todos nós o que rolou lá no Rio de Janeiro todos esses dias.

Enquanto isso, acompanhe alguns comentários pelo twitter @MJ_RCCBrasil.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Deus enviou a Palavra e o Homem criou o Palavrório. Por Pe. José Besen.

Por :Pe. José Artulino Besen - http://pebesen.wordpress.com/

Há um complô contra o silêncio: ruas, casas, lojas, clínicas estão povoadas por sistemas de som com música, anúncios, vantagens. O lar está tomado pelo barulho da TV, do rádio, celular, telefone, aparelho de som. Há barulhos nas imagens, anúncios nas estradas e vias públicas, sites de internet que também rompem o silêncio, às vezes com efeitos mais desastrosos ainda.

Por que temos tanta dificuldade em parar, fechar os olhos, permanecer silenciosos ou, silenciosamente, contemplar as pessoas que nos cercam, a paisagem oferecida gratuitamente? É o medo de nós. Medo da vida que levamos e fingimos que não levamos.

Fugimos da palavra verdadeira, autêntica, que nasce do silêncio e por ele é guardada. O silêncio é a embalagem mais preciosa para a palavra legítima que nos orienta. Uma embalagem frágil, diga-se, e se prefere esmagá-la quando nos fala palavras que nos machucam por dizerem a verdade.

Mas, vida sólida não combina com barulho, pois, sem o silêncio, não é possível uma vida de combate à dispersão, à ânsia, à distração, ao vazio interior.

A solidão, o silêncio e a ascese permitem olhar face a face os pensamentos-tentações que nos afligem: não crer em Deus nem em nada, a conclusão de que tudo se acaba em nada, o peso dos pecados que leva a duvidar do perdão, a capacidade de ver o bem no ser humano. O silêncio e a solidão nos obrigam a dar uma resposta a esses verdadeiros problemas, tão ocultos na vida social, mas tão exigentes para que possamos existir com sentido.

Ouvir o silêncio que fala, ouvir a Palavra de Deus exige que se calem as outras palavras, que se escute o outro, o irmão e a irmã que batem à nossa porta a fim de escutarmos seus problemas, sofrimentos, a palavra de sua vida. Foi no silêncio eterno que a criação ainda informe e vazia ouviu a primeira Palavra do Criador: “Faça-se a luz!” (Gn 1,3). Essa Palavra continua a ecoar pela história daqueles que decidem tornar suas existências luminosas, mas, somente é ouvida no silêncio. E, sem a luz, a palavra não discerne o belo e o mau.

O barulho nos faz escutar o nada, leva-nos ao esvaziamento das profundezas de nosso coração, chegando a impedir-nos o grande grito silencioso e necessário “Das profundezas, Senhor, a vós eu clamo!” (Sl 129,1).

Silêncio – a Palavra veio morar entre nós

O silêncio é um caminho que se percorre no exercício perseverante e até árduo do encontro conosco. Às vezes o silêncio espanta e vem a tentação de retornar ao barulho, ao palavrório vazio. Prefere-se o sonambulismo espiritual, o não se conhecer em profundidade e se cai na alienação.

Numa espiritualidade movida a vácuo multiplicamos a ação, nos embebedamos para gritar falsas alegrias, transformamos o louvor em algazarra, o ato penitencial em gemido narcisista, a Liturgia em espetáculo, gritamos para Deus a fim de que ele não possa ser ouvido. Permaneceremos como semente lançada em chão sem profundidade.

“E a Palavra se fez carne, e veio morar entre nós” (Jo 1,14). O Filho eterno do Pai não veio ao mundo com palavras, mas como Palavra feito carne, vida, encontro, misericórdia. Não Palavra de ensino, legalista, mas Palavra encarnada que nos narra o Pai, possibilitando-nos o confronto com aquele que, único, pode dizer: “Faça-se a luz!”.

Cristo-Palavra é o Filho estampado no rosto humano e permite decifrar Deus em cada rosto de homem, onde o Deus pessoal o trata como um “tu” e com ele estabelece diálogo. Então o homem mergulha no Absoluto e recupera sua imagem dialogal – somente se é pessoa diante de um tu – e emerge indo ao encontro do mistério do próximo, dando um significado infinito ao rosto do outro.

Na Palavra que se manifesta na Bíblia o homem se descobre vivendo o barulho angustiado, tomado pelo nihilismo, “eu não existo, não sou nada” para, em seguida, alimentado pelo silêncio, descobrir que existe, que necessita de salvação e que o Senhor é essa salvação.

A Bíblia é uma Palavra, a Palavra é Cristo, Deus é uma Palavra: Amor.

Para fugir do Amor criamos palavrórios sedutores envolvidos em embalagens de teologias prolixas, criamos igrejas movidas a milagres, competição denominacionais, profere conferências e sermões gritantes, colocamos o demônio em todos os problemas, transformamos o Cristianismo em terapia.

Não é necessário tanto palavrório. Servem apenas para fugir da verdade que é mais simples: é Palavra-amor no qual Cristo nos revela quem é Deus e, ao mesmo tempo, quem é o homem.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Netiqueta, boas maneiras na Internet



fonte: site da Arquidiocese de Florianópolis - http://www.arquifln.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=3083&cod_002=5

Netiqueta é a etiqueta que se recomenda observar na internet. A palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo inglês net (que significa "rede") e o termo "etiqueta" (conjunto de normas de conduta sociais). Trata-se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via internet, especialmente em e-mails, chats, listas de discussão, etc. Serve, também, para regrar condutas em situações específicas (por exemplo, ao colocar-se a resenha de um livro na internet, informar que naquele texto existem spoilers; citar nome do site, do autor de um texto transcrito, etc.

Deste conjunto de normas de conduta online, podemos destacar algumas:
• Evitar enviar mensagens EXCLUSIVAMENTE EM MAIÚSCULAS. Se bem empregadas, as maiúsculas podem ajudar a destacar, mas em excesso, a prática é compreendida como se você estivesse gritando, podendo causar irritação ou fazer com que o interlocutor se sinta ofendido.
• Use sempre a força das idéias e dos argumentos. Nunca responda com palavrões, mesmo que usem de grosseria contra você. Afinal, pessoas inteligentes privilegiam os argumentos contra a falta deles.
• Apesar de compartilhar apenas virtualmente um ambiente, ninguém é obrigado a suportar ofensas e má-educação. Caso alguém insista nessas práticas, ignore-o.
• Evite enviar mensagens curtas em várias linhas. Além de ser maléfico à rede como um todo, causa bastante irritação. Escreva uma frase completa e envie!
• Em fóruns e listas de discussão, procure expressar-se claramente. Explique o problema com o máximo de informação que puder. Tente manter-se no contexto da discussão. Os fóruns são separados por tópicos, procure postar no tópico que mais convier à sua pergunta. Evite sempre mensagens do estilo "Me ajudem por favor!", "Ajuda aqui!", "Vou jogar essa coisa fora" ou frases similares.
• Caso escreva um texto muito longo, deixe uma linha em branco em algumas partes do texto, paragrafando-o. Dessa maneira, o texto ficará mais organizado e fácil de ler.
• Dependendo do destinatário de seu texto, evitar o uso de acrônimos e do internetês, ou, pelo menos, reduzir a utilização deles. Preste atenção no que você escreve, é possível que, em alguns dias, nem você mesmo saiba o que havia escrito.
• Ninguém é obrigado a usar a norma culta, mas use um mínimo de pontuação. Ler um texto sem pontuação, principalmente quando ele é grande, gera desconforto, e, além disso, as chances dele ser mal interpretado são muitas.
• Quando você estiver perguntando, provavelmente é porque precisa de ajuda em algo, então aja como tal. Evite ser arrogante ou inconveniente.
• Não copie textos de sites ou qualquer outra fonte que não permita tais cópias e sempre, mesmo com autorização de cópia, cite as fontes quando utilizá-las.
• Enquanto estiver numa conversa em programas de mensagem instantânea, nunca corte (interrompa) o assunto tratado pela outra pessoa, isso é extremamente desagradável. Se a pessoa enviar uma mensagem e você enviar outra completamente diferente, ela ficará sem saber se você leu ou ignorou a mensagem que ela enviou. Pelo menos escreva algo para confirmar que leu a mensagem.
• Ainda sobre conversas em programas de mensagem instantânea, evite ao máximo usar emoticons de letras, palavras e coisas do gênero, isso torna a leitura das mensagens muito difícil e confusa, devido ao tempo que precisamos esperar pra que esses emoticons sejam carregados e à irregularidade nos tamanhos e cores. Emoticons expressam emoções, e não palavras, procure usá-los fora das mensagens escritas.
• Não envie uma mensagem supondo que a outra pessoa a entenda da forma como você a escreveu, pode ser que ela entenda de forma diferente. Uma mensagem escrita nunca ficará tão clara quanto um conjunto de palavras faladas. Procure ser o mais claro possível pra não gerar nenhuma confusão.
• Ao encaminhar um e-mail que recebeu, por exemplo, os típicos e-mails humorísticos que percorrem grupos sociais diversos através de divulgação por listas de contatos gigantes, remova os e-mails presentes, das outras pessoas.
• Procure escrever os seus destinatários no campo "BCC" ou "CCO" em vez do campo "Para". Este campo esconde os endereços dos destinatários. Todos irão receber, mas ninguém além de você saberá quem mais recebeu a sua mensagem.
• Antes de fazer uma pergunta pense na possibilidade de que sua dúvida já tenha sido solucionada por alguém, procure em fóruns e até mesmo em sites de busca como o google, caso não encontre poste suas mensagens que todos na internet irão querer te ajudar.

• Respeite para ser respeitado e trate os outros como você gostaria de ser tratado.

domingo, 24 de outubro de 2010

Juventude: muita reza, muita luta, muita festa



Por: Dom Canísio Klaus - Bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul/RS - Fonte: http://miud.in/gaq

No dia 24 de outubro a Igreja Católica no Brasil comemora os 25 anos do Dia Nacional da Juventude. A data surgiu em 1985, no embalo do Ano Internacional da Juventude. Ao longo deste período, muitas coisas bonitas aconteceram e que nos motivam a comemorar. É por isso que o Dia Nacional da Juventude de 2010 tem por lema Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, em marcha contra a violência.

Diferentemente do que ordinariamente se diz, a juventude reza. Ela não gosta de rezar do jeito dos adultos. Também não quer mais rezar do jeito das crianças. Mas os jovens procuram a oração. Eles recorrem à oração diante de desafios a serem enfrentados. Rezam sem muitos formulismos e são ecléticos. Se valem de elementos de várias religiões, sem se preocuparem com a ortodoxia da fé. Quando rezam em grupos, reúnem, sem nenhum escrúpulo, elementos das religiões orientais, cristãs, africanas e indígenas. Para a Igreja fica o desafio de auscultar caminhos para mexer com o coração dos jovens em sua prática religiosa. Já que eles gostam de rezar, cabe a nós ajudá-los a terem uma fé mais esclarecida, oferecendo-lhes espaço para o encontro com o divino.

A humanidade deve muito ao espírito de luta da juventude. É este espírito que impede a humanidade de se acomodar. Sem ele a história teria tomado outros rumos. O movimento estudantil de 1968 tornou-se marca para a democracia. A juventude na rua foi decisiva para a volta das eleições diretas no Brasil, e os jovens com as caras pintadas apressaram a cassação do presidente Collor. A sensibilidade para as causas ecológicas e o grito da juventude em 1992: “Ouça o eco da Vida”, criaram ambiente favorável para a implementação de políticas de preservação do meio ambiente. Nos últimos anos, o clamor contra o extermínio de jovens provocou a adoção de políticas de segurança pública e alertou para o (ab)uso da violência policial contra os jovens, principalmente os negros e pobres. Com razão João Paulo II afirma que “os jovens não temem o sacrifício, mas, sim, uma vida sem sentido”.

Para a juventude tudo é motivo de festa. Ela faz festa com coisas muito simples. Enquanto trabalham e estudam durante a semana, os jovens vão planejando a festa do sábado e do domingo. A própria luta se torna festa. A oração se torna festa. Estar com os amigos é festa para eles. Não se sentem à vontade com pessoas estressadas e preocupadas com o amanhã. Para desespero de muitos adultos, curtir o presente é a receita para construir um amanhã melhor. Acreditam na paz como “dom de Deus” e reivindicam liberdade, dizendo que “a vida floresce quando a liberdade acontece”.

Enquanto saudamos a juventude por seu dia, formulamos votos de que as comemorações do Dia Nacional da Juventude (24 de outubro) motivem nossas lideranças a abrirem as portas das comunidades para que o jeito de rezar, lutar e fazer festa da juventude encontre acolhida no seio da Igreja. E que a partir deste jeito as comunidades se renovem e nos unamos “em marcha contra a violência”!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Que é Perdoar? Por Pe. José Besen.



por: Pe. José Artulino Besen - http://pebesen.wordpress.com/

“Não tem compaixão para com o homem, seu semelhante, e ousa pedir o perdão de seus pecados?” (Eclo 28,4).


Perdoar é um dos mais nobres gestos de que é capaz o ser humano. E também um dos mais difíceis. Quem sabe perdoar, praticamente atingiu a perfeição, pois viver sem ódio, sem mágoa, livre de todo ressentimento, é possuir a verdadeira sabedoria de viver. Acima de tudo, quem sabe perdoar compreende de modo pleno uma das maiores necessidades do ser humano: ser perdoado. Se errar faz parte da fraqueza humana, ser perdoado é o único caminho para alguém se recuperar do erro. Quem não recebe o perdão, praticamente está impossibilitado de se redimir. Negar o perdão é condenar o que errou a permanecer no erro. É desconhecer que ninguém é totalmente bom nem totalmente mau.

O que é perdoar? É admitir que a fraqueza humana está sempre presente, mesmo na pessoa que vive na mais reta intenção e que o erro de hoje necessariamente não se repetirá amanhã. Assim, perdoar é oferecer à pessoa um crédito de confiança: “Você errou. Eu o perdôo, ofereço-lhe uma nova oportunidade. Aquilo que você fez, não existe mais. Você é uma nova criatura, com nova chance“.

Como é bom, num momento de fraqueza, receber uma nova oportunidade! Ter gente que acredita em nossa recuperação! Quando um pai perdoa ao filho o erro cometido, lhe está dizendo exatamente isso: “Meu filho, você errou. Mas você pode ser diferente. Conte comigo“. Por outro lado, não perdoando, estará dizendo: “Meu filho, você não tem jeito mesmo. Não conte mais comigo“. É o caminho mais fácil para fazer com que o filho não lute mais para superar as próprias limitações. É condená-lo a repetir o erro.

Todos nós, praticamente, já vivemos esta gratificante experiência de termos sido perdoados em momentos de fraqueza. Foi esse perdão fraterno que nos deu ânimo para reiniciar o caminho. Por outro lado, também já passamos pela dolorosa experiência de termos errado e não recebido o perdão reanimador. Foi muito difícil, então, recolher forças para recomeçar! Pareceu até que os outros tinham prazer em que permanecêssemos no erro, em nos ver atolando sempre mais.

Perdoar é reconhecer a quase infinita capacidade do ser humano de se regenerar. Por pior que alguém seja, não está apagada nele a chama da bondade. Basta um pequeno sopro, e a chama brilha com força. Transforma-se em labareda.

Perdoar é participar da misericórdia divina, que faz o sol brilhar sobre justos e injustos. Quanto maior o pecado, mais intensa a presença amorosa de Deus. Saber perdoar é ser capaz de realizar o mais divino dos gestos para com o ser humano: o gesto do perdão.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A grandeza da paciência



Fonte: Professor Felipe Aquino - http://reporterdecristo.com/ 

Os santos diziam que há dois tipos de martírio: o da morte pela espada; e o da morte pela paciência. A paciência é uma forma de martírio que vence todo sofrimento. Não há barreira espiritual que não caia pela força da paciência, a qual é fruto da fé, da humildade e do abandono da vida em Deus.

Foi pela paciência que a Igreja venceu todos os seus inimigos até hoje: o Império Romano, as heresias, as perseguições, o comunismo, o ateísmo, os pecados de seus filhos, entre outros.

Quando os nossos pecados e fraquezas nos assustam e nos desanimam é preciso ter paciência também conosco e aceitar a nossa dura realidade. Quando é difícil caminhar depressa, então, é preciso ter paciência e aceitar caminhar devagar. José e Maria salvaram o Menino Jesus das mãos de Herodes indo passo a passo até o Egito por um longo deserto de 500 km.

A paciência do cristão não é vazia nem significa imobilismo ou resignação mórbida; tampouco perda de tempo. Não. É a certeza de que tudo está nas mãos d’Aquele que tudo pode. “Um espírito paciente vale mais que um espírito orgulhoso. Não cedas prontamente ao espírito de irritação; é no coração dos insensatos que reside a irritação” (Ecle 7,8b-9).

O que não pudermos mudar em nós ou nos outros, deveremos aceitar com paciência, até que Deus disponha as coisas de outro modo. Ninguém perde por esperar!

Maria, nossa Mãe, é a mulher da paciência. Sempre soube esperar o desígnio de Deus se cumprir, sem se afobar, sem gritar, sem reclamar… A paciência é amiga do silêncio e da fé. É a paciência que nos levará para o céu!

“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus (…) prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência (…) não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência” (Eclo 2,1-3).

“Aceita tudo o que te acontecer; na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação” (idem 4-6).

Muitas vezes, a vontade de Deus permite que as cruzes nos atinjam; curvemos a cabeça com humildade e paciência. Muitos estão prontos para fazer a vontade de Deus no “Tabor da transfiguração”, mas poucos no “Calvário da crucificação”. Sejamos como Nossa Senhora, que disse o “sim” no momento da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas o manteve na Apresentação d’Ele, na fuga para o Egito, no Pretório, na perseguição ao Senhor, no caminho do Calvário e também aos pés da sua cruz.

Beijar, agradecidos, esta mão invisível que, muitas vezes, permite que sejamos feridos, agrada a Deus e nos atrai as bênçãos do Céu.


Para meditar: Ensinamentos dos Santos Doutores:

Santo Afonso: “Neste vale de lágrimas não pode ter a paz interior senão quem recebe e abraça com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus”. Segundo ele “essa é a condição a que estamos reduzidos em conseqüência da corrupção do pecado”.

São João Crisóstomo: “É melhor sofrer do que fazer milagres, já que aquele que faz milagres se torna devedor de Deus, mas no sofrimento Deus se torna devedor do homem”.

Santo Agostinho: “Quando se ama não se sofre, e se sofre, ama-se o sofrimento”.

“O martírio não depende da pena, mas da causa ou fim pelo qual se morre. Podemos ter a glória do martírio, sem derramar o nosso sangue, com a simples aceitação heróica da vontade de Deus”.

São Francisco de Sales: “As cruzes que encontramos pelas ruas são excelentes, e que mais o são ainda – e tanto mais quanto mais importunas – as que se nos deparam em casa”.

Santa Teresa D’Ávila ensina: “Nada te perturbe; nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta: Só Deus Basta!”.

 

domingo, 17 de outubro de 2010

Nota da CNBB em relação ao Momento Eleitoral


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de sua Presidência, congratula-se com o Povo Brasileiro pelo exercício da cidadania na realização do primeiro turno das eleições gerais, quando foram eleitos os representantes para o Poder Legislativo e definidos os Governadores de diversas unidades da Federação, bem como o nome daqueles que serão submetidos a novo escrutínio em 2º turno, para a Presidência da República e alguns governos estaduais e distrital.

A CNBB congratula-se também pelos frutos benéficos decorrentes da aprovação da Lei da Ficha Limpa, que está oferecendo um novo paradigma para o processo eleitoral, mesmo se ainda tantos obstáculos a essa Lei tenham de ser superados.

Entretanto, lamentamos profundamente que o nome da CNBB - e da própria Igreja Católica – tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação. Certamente, é direito – e, mesmo, dever – de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã.
A CNBB é um organismo a serviço da comunhão e do diálogo entre os Bispos, de planejamento orgânico da pastoral da Igreja no Brasil, e busca colaborar na edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária.

Neste sentido, queremos reafirmar os termos da Nota de 16.09.2010, na qual esclarecemos que “falam em nome da CNBB somente a Assembléia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência”. Recordamos novamente que, da parte da CNBB, permanece como orientação, neste momento de expressão do exercício da cidadania em nosso País, a Declaração sobre o Momento Político Nacional, aprovada este ano em sua 48ª Assembléia Geral.

Reafirmamos, ainda, que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exortamos os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana.

Confiando na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, invocamos as bênçãos de Deus para todo o Povo Brasileiro.

Brasília, 08 de outubro de 2010

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

sábado, 16 de outubro de 2010

Terço Missionário


Venha participar do Terço Missionário que será realizado no dia 24 de outubro de 2010, às 15h, na nossa Paróquia.

por Infância Missionária

Conheça um pouco do Terço Missionário

O terço missionário é uma oração simples e popular. Saudamos e louvamos Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa, de forma carinhosa e confiante.

Por ser uma oração simples todos podemos reza-la. Rezando o Terço, tornamo-nos discipulos de Jesus Cristo, com Maria e nos dispomos, como Maria, pela força do Espírito Santo, a realizar a missão de Jesus Cristo, o enviado do Pai. "A oração deve acompanhar os passos dos missionários, para que o anúncio da Palavra se torne eficaz, pela graça divina" (RMi 78).

Pela oração do Terço Missionário podemos nos encontrar com todos os povos, raças e culturas da terra. Atingimos, desta forma, os imensos horizontes da missão. Rompem-se os egoísmos e as intenções particulares, em nossas orações, para rezar pelas necessidades de todos os povos da terra.


As cores do Terço Missionário

O bispo Fulton Sheen, quando era Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias, nos Estados Unidos, teve a idéia do "Terço Missionário". O Terço é formado de cinco dezenas. Cinco são também os continentes do mundo. Ele escolheu uma cor para cada Continente que, de alguma forma, recorda suas características. Ao rezar cada dezena pede-se por todos os que vivem nesse Continente.

A originalidade do Terço Missionário é o encontro na oração com todos os povos, raças e culturas do nosso planeta.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O caminho para a maturidade


por ALMAS, A.C.

"A maturidade humana e, em particular, a afetiva, exigem uma formação clara e sólida para uma liberdade que se apresenta como obediência convencida e cordial à verdade do próprio ser, ao significado da própria existência, ou seja, ao dom sincero de si mesmo, como caminho e conteúdo fundamental da autêntica realização pessoal. Isto é importante para a resposta que se há de dar à vocação e para ser fiéis à mesma e aos compromissos que ela envolve, inclusive nos momentos difíceis."

A maturidade afetiva e sexual é atingir o máximo desenvolvimento que uma pessoa pode atingir quanto a emoções e relações humanas, ou seja, é desenvolver nossa capacidade de amar e de ser amados. Porém, para poder amar os outros, precisamos ter uma correta auto-estima, por isso é preciso, primeiro:

Saber aceitar-se:

1. Aceite seu corpo e sua forma de ser

Você deve saber se aceitar como é; todo seu corpo, talvez tenha alguma cicatriz ou exista alguma parte que não considere muito atraente, mas todo seu corpo é valioso, cada parte é bonita e importante.

Aceite seu temperamento, tudo o que sente e pensa é o que lhe faz ser quem é.

Aceite suas doenças, inclusive quando há dor e sofrimento. Quando você aceitar, poderão se tornar mais leves.

Ame a vida e a natureza humana, já que nelas podemos ver Deus, imagine o valor que têm: Ele mesmo se disse “homem”.

Aceite sua inteligência para que não cheguem a mágoa e a autocompaixão.


2. Aceite suas tristezas

Pense nisto: há um fim para tudo e também para o sofrimento e a tristeza. Tome em suas mãos sua personalidade, assim como é, com todos seus defeitos, e ponha na mão de Deus pai. A Sagrada Escritura diz: “Ele (Deus) sabe de que barro estamos feitos”. Diga-lhe com confiança: “Eu aceito minha personalidade e modo de ser, porque tudo isto é expressão de sua vontade, e eu amo sua santa vontade porque você é meu Pai e tudo permite para um bem maior”.


3. Aceite sua história

Tudo que você viveu, até mesmo aquilo que já nem quer mais lembrar, foi necessário para ser hoje a pessoa que é, portanto deve aceitar, aprender com a experiência, reconhecer que – até nas piores circunstâncias –, Deus estava presente. Ele é o Senhor da História, e quando você aceitar sua história pessoal, convide-O para que Ele seja o Senhor de sua história.


4. Aceite sua família

Ninguém teve a oportunidade de escolher sua família, podemos escolher talvez com quem casar, amigos, trabalho, comunidade religiosa, etc.; porém jamais poderemos escolher nosso pai, Mãe, filhos, irmãos e demais famíliares. Assim, em lugar de querer mudar os que nos rodeiam, por que não amar estas pessoas? Por que não aceitar cada um assim como é?

Quando realmente você aceitar ser quem é, será o momento de percorrer o caminho para a maturidade.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Abrir as portas da comunicação social

Considerem-se... as capacidades positivas da Internet de transmitir informações religiosas e ensinamentos para além de todas as barreiras e fronteiras. Um auditório tão vasto estaria além das imaginações mais ousadas daqueles que anunciaram o Evangelho antes de nós... Os católicos não deveriam ter medo de abrir as portas da comunicação social a Cristo, de tal forma que a sua Boa Nova possa ser ouvida sobre os telhados do mundo!


Papa João Paulo II. Mensagem para o XXXV Dia Mundial das Comunicações, n. 3, 27 de maio de 2001.

domingo, 3 de outubro de 2010

Evangelização Multimídia


por Guilherme Pontes
(Artigo publicado na edição de outubro/2010 do Jornal Missão Jovem)

Um assunto que está ganhando grande destaque na Igreja é a necessidade de se apropriar da internet e das suas ferramentas para evangelizar. O Papa Bento XVI, por ocasião do dia mundial das comunicações sociais de 2010, lançou uma mensagem com o título: “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra", que nos dá grandes pistas.

O anúncio
A primeira tarefa dos batizados é anunciar Cristo, levar a Palavra de Deus, e comunicar a graça da salvação, através dos sacramentos a todas as pessoas. Antes de tudo, temos que ter a certeza de que cabe a cada um de nós tomar as palavras de Paulo e colocá-las em prática: “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (1 Cor 9, 16).

A mensagem
Quem de nós pode dar aquilo que não tem? Só pode anunciar Jesus Cristo quem teve uma experiência pessoal com Ele. Só vai poder levar a outros a proposta da Civilização do Amor, aquele que se convenceu e se encantou por ela. Não adianta estar motivado a anunciar, mas não ter o que anunciar. É necessário de convicção da mensagem que vai se levar adiante.

Os meios
Depois da certeza da missão de levar a Boa Nova e de estar encantado com a mensagem do Evangelho, cabe buscar formas. Devemos buscar as ferramentas para levar a mensagem as pessoas que ainda não a conhecem. Para apresentar a mensagem aos jovens, hoje temos muitos meios a disposição na internet.

Orkut
O Orkut é uma rede social muito conhecida e difundida entre os jovens, que oportuniza conhecer novos amigos, trocar mensagens e disponibilizar fotos. Hoje vemos muitos grupos de jovens e turmas de crismas usando esta ferramenta para manter o contato nos dias que não se encontram. Ali podem colocar as fotos dos encontros, dos passeios, dos membros. Além disso podem usar a criatividade, colocando resumos do trabalhado, tarefas para o próximo encontro.

Exemplo: Vale a pena ver o Orkut do Grupo de Jovens São Judas, que tem as atas dos encontros, terço virtual, fotos dos encontros, dos passeios. Usam o Orkut para recados aos membros e para que outros jovens conheçam o grupo. O Orkut é gratuito e é um grande espaço para evangelização, podendo ser feito o cadastro através do site Orkut.

Blog e Site
Os Blogs são como os sites mais simplificados. Os blogs são de fácil acesso, facial atualização de notícias e pode ser feito sem problemas. Os sites dependem de pessoas que entendem e que cobram para elaborar. A vantagem do site, é que fica mais personalizado, com um layout personalizado, enquanto o blog é mais simples. A dica é a utilização de blogs dos grupos de jovens, crisma, ou mesmo de debate de temas, sendo que através disso pode-se evangelizar.

Exemplo: O Grupo Jovem Obra Nova fez um Blog gratuitopara colocar atividades que vão acontecer, noticias da Igreja, informações sobre encontros e outras informações. Para fazer um blog como este, basta entrar no site do Blogger e fazer um cadastro rápido e gratuito, em alguns minutos já pode começar a escrever em seu blog. Vale a pena também visitar o site da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Florianópolis, que traz inúmeras ferramentas diferentes de um blog.

Twitter
O twitter é um Micro Blog, um pequeno Blog. É uma ferramenta nova, que permite notícias com apenas 140 caracteres, motivo pelo qual tem tido o número de acessos tão grande no Brasil. É rápido e fácil. Uma mensagem pode repercutir em todo o mundo, em alguns minutos. É uma boa ferramenta para se chegar aos que não temos contatos e que muitas vezes não sabemos como levar a mensagem.

Exemplo: na evangelização, um dos grandes pioneiros no Brasil na utilização do twitter foi a Canção Nova, que apostou antes mesmo dessa ferramenta estourar no Brasil. No twitter, pode-se por exemplo buscar todas as pessoas que falam a palavra “Céu”, independente de onde moram ou idade. Com tantas possibilidades, dá para criar, responder estas pessoas e evangelizar aqueles que não encontramos em outros lugares. Para criar um twitter gratuitamente, basta entrar no site do Twitter.

Outras ferramentas
Além destas, que são as mais difundidas e conhecidas, existem outras, com diversas finalidades.

O Youtube é uma ferramenta que permite publicar vídeos, mensagens e áudios. O Flickr é uma ferramenta de armazenamento de imagens, podendo-se criar álbuns diferenciados. O Livestream é um site que permite que você crie um canal de transmissão ao vivo de qualquer atividade, bastando ter uma webcam. O Facebook é uma rede social parecida com o orkut, mas muito mais difundido pelo mundo inteiro.

Muitas são as possibilidades, mas o grande desafio é usar a criatividade para que através dessas ferramentas consigamos levar a Boa Nova do Evangelho através delas.

sábado, 11 de setembro de 2010

Jovens Sarados


por Editora Canção Nova

Jovens Sarados é um dos últimos trabalhos de Pe. Léo, sacerdote conhecedor do universo e das dificuldades dos jovens, tendo pregado para eles em diversos encontros. Nele, o autor aborda a condição do jovem nos dias atuais, desde os relacionamentos afetivos, familiares e entre amigos até o envolvimento com as drogas.

Em sua obra, Pe. Léo demonstra que não basta ter um corpo em forma se o coração não estiver sarado e fortalecido para lidar com os problemas da vida cotidiana. Uma das propostas do autor é a de mobilizar a juventude atual, tornando-a capaz de fazer a diferença em um mundo que nos apresenta o conceito de que na vida tudo é fácil e “ligth”.

Dividido em doze capítulos, o livro traz ainda um apêndice esclarecedor sobre o significado das drogas e seu efeito no organismo, além de preciosas dicas para deixar esse mundo sombrio e se tornar uma pessoa plena através da restauração e da cura interior.

Apesar da especial dedicação para os jovens, esse é um livro voltado também para pais, educadores, evangelizadores e pessoas que desejam trabalhar com ONGS ou instituições para a recuperação de dependentes químicos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Simples voz ou Palavra de Deus?


por D. Estevão Bettencourt

O Imperador Trajano (98-117) em 107 quis oferecer ao povo de Roma “grandioso espetáculo”: homens ilustres e gladiadores seriam expostos a 11.000 feras no Coliseu, a fim de que o público presenciasse a luta e “se divertisse”. Entre os condenados, estava um cristão chamado Inácio, bispo de Antioquia (Síria). Fora preso por causa da sua fé. Durante a viagem para Roma, a escolta que o acompanhava fez escala em Esmirna (Turquia de hoje); aí Inácio resolveu escrever uma carta aos cristãos de Roma…

E que lhes diria? – Queria pedir-lhes que não intercedessem em seu favor junto às autoridades imperiais, mas deixassem que fosse levado até o certame final e o martírio. Dessa carta merece destaque, entre outros, o seguinte trecho:

“Se vos calardes a meu respeito, serei Palavra (Lógos) de Deus; se, porém, amardes a minha carne, serei simples voz (phoné)” (n.º 2).

A distinção entre phoné – simples voz – e lógos – palavra ou discurso significativo – era usual entre os antigos. S. Inácio a aplica a si: o martírio ou o testemunho de Cristo proferido até a morte cruenta o tornará palavra de Deus; caso contrário, perderia a grande oportunidade da sua vida e se julgaria reduzido à condição de simples sopro.

Os dizeres de S. Inácio têm valor perene. Lembram-nos que todo homem, por seu teor de vida, pode assumir três configurações:

○ será simples voz, sem significado, caso ceda à futilidade, supondo um coração vazio;

○ será palavra… de homem, caso sua vida se norteie pelas luzes da mera razão ou pela mensagem de um filósofo sem fé;

○ será Palavra… de Deus, desde que o cristão faça da mensagem do Senhor o dínamo da sua existência. Em tal caso, o seu viver já é Palavra de Deus. Tal é a dignidade máxima que a vida humana possa assumir, qualquer que seja a sua classe social; despretensiosa, voltada para os afazeres modestos de cada dia, tal existência traduz concretamente a mensagem de Deus. Mesmo que fale pouco, tal vida é eloqüente e persuasiva; ela levanta os ânimos e abre horizontes… O mundo procura tal tipo de existência, pois está cheio de vozes (phonai), mas carente de Logos (Palavra) de Deus.

Todo cristão é chamado a responder a tal anseio, fazendo de sua vida a expressão da mensagem de Deus.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental

Sinopse

Se perguntarmos a um estudante universitário o que sabe do contributo da Igreja Católica para a sociedade, a sua resposta talvez se resuma a uma palavra: “opressão”, por exemplo, ou “obscurantismo”. No entanto, essa palavra deveria ser “civilização”.

O autor destas páginas, Thomas Woods, doutorado pela Universidade de Columbia, mostra como toda a Civilização Ocidental nasceu e se desenvolveu apoiada nos valores e ensinamentos da Igreja Católica. Em concreto explica, entre muitas outras coisas:

○ Por que o milagre da ciência moderna e de uma filosofia que levou a razão à sua plenitude só puderam nascer sobre o solo da mentalidade católica;

○ Como a Igreja criou uma instituição que mudou o mundo: a Universidade;

○ Como ela nos deu uma arquitetura e umas artes plásticas de beleza incomparável;

○ Como os filósofos escolásticos desenvolveram os conceitos básicos da economia moderna, que trouxe para o Ocidente uma riqueza sem precedentes;

○ Como o nosso Direito, garantia da liberdade e da justiça, nasceu em ampla medida do Direito canônico;

○ Como a Igreja criou praticamente todas as instituições de assistência que conhecemos, dos hospitais à previdência;

○ Como humanizou a vida, ao insistir durante séculos nos direitos universais do ser humano – tanto dos cristão como dos pagãos – e na sacralidade de cada pessoa.

Num momento em que se propaga uma imagem da Igreja como inimiga dos progressos da ciência e da técnica, e da liberdade do pensamento, este é um livro que desfaz preconceitos, corrige clichês e ensina inúmeras verdades teimosamente omitidas no ensino colegial e universitário.


Catholic Church: builder of civilization #8

Episódio 8: "A Caridade Católica: um vislumbre da imensidade de atos de caridade católica ativa e altruísta, praticados por fiéis de todos os séculos. Mesmo os anticatólicos mais inflamados assombraram-se ante semelhante generosidade."

Quantos mitos sobre a Igreja já te contaram? Em quantos deles você creu?
Quebre paradigmas... assista esta série, que apresenta a colaboração da Igreja Católica para a construção da civilização ocidental.

Primeiro episódio
Segundo episódio
Terceiro episódio
Quarto episódio
Quinto episódio
Sexto Episódio
Sétimo Episódio



terça-feira, 10 de agosto de 2010

O que eu vou fazer quando crescer?


por Elaine Ribeiro

Quantos de nós não crescemos ouvindo a expressão: "O que você vai ser quando crescer?". A pergunta que para muitos vem imediatamente com a resposta: "O mesmo que o meu pai" ou "O mesmo que minha mãe". que o tio, etc., para muitos é uma dúvida que os acompanha por um bom tempo da vida.

Faculdade, estudo, trabalho, ser isso ou aquilo: preocupações diretamente ligadas às expectativas do outro a meu respeito, àquilo que eu representarei na sociedade, na família, para o grupo de amigos.

Ser bem-sucedido ou ser feliz, ser rico ou fazer o que gosta. Geralmente, se associa prazer com atividades que nem sempre dão o retorno financeiro esperado. Daí cabe uma grande questão: "O que eu quero para mim?" "O que significa ser bem-sucedido para mim? Ter dinheiro? Ser gerente? Ser um cozinheiro muito realizado? Ser educador?"

Costumo dizer que a melhor escolha na vocação é aquela que nos faz felizes, que é compatível com nossas possibilidades e que nos gera sustento, pois, de nada adianta ser muito bem-sucedido financeiramente e ser infeliz. Mas, ao mesmo tempo, é muito complicado buscar sem encontrar seu lugar de satisfação.

Outro fator importante é que somos, atualmente, muito críticos com as possibilidades e com nossas escolhas. É natural ao ser humano a busca constante de condições melhores de vida, mas, até onde isso é sadio? Já pensou que pode estar perdendo oportunidades por deixar de observar aquilo que está ao seu redor?

Posso iniciar uma profissão ganhando pouco, mas numa empresa que valoriza o que faço e o que sou e, por essa razão, buscar chances de crescimento. Posso abrir uma empresa para administrar, mas se não tive experiências de trabalho como saber se esta é a melhor escolha? Trabalhar e ser comandado gera uma grande experiência em todas as áreas profissionais.

Outro aspecto importante, ao pensarmos em carreira e estudos, é que, atualmente, o mercado de tecnologia está bastante aquecido. Faculdades que oferecem a formação de tecnólogo em nível superior estão bastante solicitadas e há muitas empresas com grande necessidade de contratar tanto os tecnólogos quanto os técnicos de nível médio. Ou seja, nem sempre fazer uma faculdade de direito ou medicina é garantia de sucesso.

O bom discernimento vocacional se faz observando aquilo que nós gostaríamos de fazer, aquilo para o qual temos habilidade de fazer e a demanda de profissionais para aquela área e nossas possibilidades pessoais e financeiras para buscar determinada formação.

Acrescento, ainda, que para um bom discernimento é muito importante que façamos o exercício do autoconhecimento, da percepção dos talentos pessoais, das habilidades, das limitações e nossos alvos. Tudo isso, somado a um plano de vida com nossas metas pessoais e profissionais deve ser levado em consideração, para saber o que temos hoje e aonde gostaríamos de chegar e os esforços que deverão ser feitos para que tais metas sejam atingidas.

É importante ressaltar a responsabilidade que deve se fazer presente no momento da escolha, ou seja, é um momento em que cada um deve assumir de forma consciente a construção de um projeto de vida próprio. O objetivo não é necessariamente uma escolha para o resto da vida, mas a possibilidade de realizar escolhas conscientes que sejam coerentes com um modo de ser particular, visando a realização pessoal e profissional.

Lembro, também, que para escolher o caminho a ser seguido é importante conhecer as características e as exigências da vocação, seja qual ela for, profissional, religiosa, de discernimento de estado de vida. Para saber um pouco mais sobre o assunto acesse o link sobre as características de uma vocação.

É essencial que possamos não apenas escolher, mas aprender a escolher, olhando este processo como algo que está enraizado na história de vida de cada pessoa, e nesse sentido, realmente, não importa a escolha, mas a maneira como esta é realizada, quais os critérios estabeleço para que ela aconteça, como julgar o que é melhor para mim, em cada momento da minha existência, visto que escolhemos o tempo todo, enquanto existirmos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sugestões de livros para Leitura Espiritual


por Anchietanum

Introdução à Oração Pessoal
○ Deus e Você. William Barry. Ed. Loyola.
○ Olhando por dentro. Manuel Iglesias. Ed. Loyola.
○ Buscar a Deus e encontrar-se em Deus. Álvaro Barreiro Luaña. Ed. Loyola.

Discernimento Espiritual
○ Saber escolher. A arte do discernimento. Carlos Valdés. Ed. Loyola.
○ Ervas daninhas entre o trigo. Thomas Green. Ed. Loyola.

Roteiros para a Contemplação dos Mistérios da Vida de Jesus
○ Assumiu a nossa carne e acampou entre nós. Álvaro Barreiro Luaña. Ed. Loyola.
○ Os trinta anos de Jesus de Nazaré. Álvaro Barreiro Luaña. Ed. Loyola.
○ Do Jordão a Betânia. Álvaro Barreiro Luaña. Ed. Loyola.
○ Da ceia ao Pai-nosso I. Raul Paiva. Ed. Loyola.
○ Da ceia ao Pai-nosso II. Raul Paiva. Ed. Loyola.
○ Manifestou-se assim. Álvaro Barreiro Luaña. Ed. Loyola.
○ Itinerário da fé pascal. Álvaro Barreiro Luaña. Ed. Loyola.

Orientação Espiritual
○ Orientação espiritual: mistagogia e teografia. Ulpiano Vázquez Moro. Ed. Loyola.

Oração
○ Quando o poço seca. Thomas Green. Paulinas.
○ Orar em um mundo fragmentado. Benjamin Gonzalez Buelta. Ed. Loyola.

6. Miscelâneos
○ Perfeição ou santidade. José Antonio Netto de Oliveira. Ed. Loyola.
○ Projeto de vida: amar e ser amado. Luís González-Quevedo. Ed. Loyola.
○ O príncipe e a lavadeira. Nuno Tovar de Lemos. Paulinas.
○ Um fogo que acende outros fogos. Alberto Hurtado. Ed. Loyola.
○ O dom da sexualidade. Luís Valdéz Castellanos. Ed. Loyola.
○ Salmos para sentir e saborear as coisas intensamente. Benjamin Gonzalez Buelta.
○ Um mês com o Espírito Santo. Arthur Schwab. Ed. Loyola.
○ A Vida fraterna em comunidade. Col. A voz do Papa. Ed. Paulinas.

O que é a Igreja?



Assista mais vídeos em nosso Orkut.

domingo, 8 de agosto de 2010

Retiro do Movimento Vida Nova


Deus espera por você. Ele quer te dar o Seu melhor!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Diversão e Reflexão

Publicamos um video da Companhia One Time Blind há exatamente um ano atrás aqui no blog. Hoje, trazemos mais dois para nos divertimos e refletirmos sobre nossas atitudes como cristãos.

O primeiro é com relação aos dons que Deus nos concede, já o segundo fala sobre a "vida dupla" que muitos têm atualmente, sendo uma pessoa na Igreja e outra no dia-a-dia.



Sintonize seu rádio


por Natália Demartino

Recebi por depoimento no Orkut, a notícia de que o Bruno (vulgo, Cowboy), do grupo JASC, da Paróquia São João Bosco, assumiu o Programa Jovens.com na Rádio Conceição FM, aos domingos, das 14h ás 16h, com assuntos voltados para a juventude.

O GON se une ao JASC e convida a todos para ouvir, participar e dar sugestões para o programa. Além disso, lembramos que aos domingos, a partir da 15h30min, a PJ Arquifloripa comanda o Programa Tá Ligado pela Rádio Cultura, lá em Floripa.

E pra quem quer conhecer um pouquinho do que rola no Jovens.com, dá um clique aqui e baixe o audio do primeiro programa.

Não esqueçam de se sintonizarem pelo rádio (105,9FM) ou pela internet!

Amigos de Deus


por Luiz César Martins (adaptado)

Este material não foi desenvolvido somente para lhe dar conhecimento, mas aqui também queremos alertar para o grande Chamado que Deus está lhe fazendo: “Leva-lo a retomar uma vida de intimidade com o Senhor através da vivência das práticas espirituais aqui sugeridas: Jejum, Adoração, Leitura Orante da Palavra de Deus, Oração pessoal, Rosário e Confissão.”

Durante as vigílias do núcleo de discernimento da RCC/Pr por diversas vezes o Senhor nos orientou para a realização deste material que foi inspirado no livro de Judite, que foi escrito num momento crucial para o povo de Israel e serviu para dar-lhes ânimo e encorajamento para enfrentar o inimigo que os ameaçava. Nele são relatadas várias situações que muitos de nós experimentamos em nossa vida, em nossa família, em nosso grupo de oração e até em nossa comunidade paroquial.

No livro de Judite observamos que os Judeus ao saberem da ameaça que se aproximava com o poderoso exército de Holofernes trataram logo em criar estratégias humanas para enfrentar o perigo eminente e rapidamente começaram a agir conforme suas habilidades. Mandaram mensageiros por toda a Samaria e seus arredores até Jericó, e ocuparam todos os cumes dos montes. Cercaram de muros todas as suas cidades e armazenaram trigo para poder sustentar o combate... Pediram ao povo que ocupassem as vertentes montanhosas que davam acesso à Jerusalém, e que pusessem guarnições nos desfiladeiros por onde se pudesse passar. (Jd. 4, 4. 6).

Apesar de aparentarem fé com suas atitudes e orações (cf. Jd. 4,8-17), na verdade eles se deixaram abater diante do inimigo, pois não acreditaram que Deus poderia livra-los de tamanha ameaça. Quando a situação se agrava com a falta da água, toda a sua incredulidade vem à tona e são tentados a dar um prazo para Deus vir livrá-los (cf. Jd. 8,13), na verdade já haviam tomado a decisão de se aliar ao inimigo para não sucumbirem e não perceberam que este não é o meio de atrair a misericórdia de Deus.

Hoje também somos tentados a enfrentar com ações unicamente humanas as adversidades que nos sobrevém e corremos o grande perigo de sucumbir diante destas dificuldades que encontramos pelo caminho, nos assemelhando aos Israelitas. Nossa fé e esperança tendem a ficar debilitadas ao ponto de nos entregar ao desânimo levando-nos ao afastamento de Deus. Estas dificuldades muitas vezes nos atingem com situações que nem sempre julgamos negativas, por exemplo, o excesso de segurança financeira, o excesso de segurança em nossas capacidades humanas e inclusive o ativismo. Tudo isso tende a se agravar quando consentimos com o pecado em nossa vida. Este afastamento será inevitável se mantivermos a decisão de não buscarmos o Senhor através de práticas espirituais como oração pessoal, adoração, vida sacramental e ortificações. Desta forma é preciso ter a coragem de fazer aquilo que Judite oncretamente orienta ao seu povo: “...façamos, pois, penitência por isso e eçamos-lhe perdão com lágrimas nos olhos, pois Deus não ameaça como os homens e não se deixa arrastar como eles à violência da cólera. Humilhemo-nos diante dele e prestemos-lhe nosso culto com espírito de humildade (Jd 8,14-16).

A prática espiritual sincera alarga nossos horizontes. A prática espiritual honesta nos ensina que além de todas as coisas que vemos, existe sempre algo muito mais mplo e profundo que não percebemos quando olhamos para a realidade somente a partir de nossas próprias intuições. Nem sempre o óbvio expressa a vontade de Deus em nossas vidas e em nossos ministérios. A prática espiritual nos faz ver segundo Deus, por isso descobrimos que tudo é apenas um roteiro, um caminho, uma janela que se abre para realidades muito maiores. E quando enxergamos as coisas com os olhos de Deus, uma força suprema e dinâmica, o próprio Espírito Santo, vem em nosso socorro e nos fortalece. A prática espiritual concreta de Judite foi a porta pela qual Deus fez passar a sua graça para o povo: “Que eles se lembrem de como nosso pai Abraão foi provado e de como passou por múltiplas tribulações para se tornar o amigo de Deus” (Jd 8,22).

Judite é a figura de Maria Santíssima, que esmaga a cabeça da serpente infernal. Também Maria Santíssima confiou em Deus e abandonou-se à Sua Palavra. Nela se manifestou o poder e a misericórdia de Deus, que por meio de Jesus Cristo, seu Filho, salva o seu povo. Assim como Deus se utilizou de Judite e de Maria Santíssima para vencer o inimigo que ameaçava o seu povo, também deseja se utilizar de você para vencer aquele que causa todas estas ameaças. O Senhor deseja formar um grande exército de homens e mulheres apaixonados por Deus e fortificados na fé para resgatar todos aqueles que estão perigosamente afastados da Salvação. Mas, para isso, não podemos tomar nas nossas mãos a direção da nossa vida ou do nosso ministério, porque este lugar tem que ser do Senhor Jesus. Precisamos entender que é através da escuta profética e da total dependência da Graça de Deus que faremos a Sua vontade, e estas virtudes nós somente adquirimos através de uma vida de intensa oração. Não há dúvida de que o desejo daqueles que estão empenhados na evangelização é de fazer a vontade do Senhor, porém naquelas atividades que nos julgamos capazes de realizá-las, a tendência natural é de agirmos como se não precisássemos da direção e do auxílio do Espírito Santo, pois já estamos seguros daquilo que já sabemos fazer, então nos aventuramos em agir do nosso jeito e conforme os nossos critérios, por isso agimos sem saber ao certo qual o objetivo a ser alcançado e aonde queremos chegar, acabamos assim fazendo o que Deus não falou. Precisamos, sem demora, voltar a depender de Deus também naquilo que acreditamos que já sabemos fazer bem.

Este é um chamado para todos. E é com este intuito que recomendamos a todos os servos de Deus estas práticas espirituais para que tenhamos uma visão ampliada e assumamos os nossos postos, a fim de passarmos de uma fase apologética para uma fase de combatividade profética em nossa missão na Igreja. Recomendamos também o diário espiritual deste livro para que tenhamos disciplina em nossa vida espiritual. Oramos para que você faça parte daqueles que escutarão este chamado e que buscarão pô-lo em prática a cada dia, pois cada dia é uma aventura na busca por esta maravilhosa fidelidade. Agindo assim, com certeza experimentaremos a presença deste Deus que está tão próximo de cada um de nós.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tô na luta!


por Adriano Gonçalves

“Só uma coisa morta segue a correnteza, tem que se estar vivo para contrariá-la.”


Ser cristão é remar contra a maré. É ir contra ao que todo mundo fala que é diferente, mas de tão diferente que é ficou tudo muito igual.

A grande diferença no mundo de hoje está em ser e viver como cristãos! Nós que somos os diferentes. Pois tentamos viver uma vida diferente a tudo o que se vê!

Nada começa grande, sempre tem um início “discreto”. Vivemos nossa vida com Deus de boa, mas tem hora que aos poucos deixamos o “remo” de lado e quando menos percebemos estamos sendo conduzidos pela correnteza de uma mentalidade nada a ver com cristianismo.

O pecado, começa com “pequenos” sims. Pequenas concessões que se somam e crescem como bola de neve até chegar a ocasiões de pecado que são tão incrivelmente tentadoras, que é irrealista esperar que sejamos capazes de rejeitá-las facilmente Permissões que vamos dando para nós e para os outros. E na certa pecado a cometer.

A verdade é que, se queremos seguir a Cristo e, portanto, sermos verdadeiramente livres das coisas que nos oprimem e nos prejudicam, nós precisamos levar as coisas a sério. Pequenas concessões se somam e crescem como bola de neve até chegar a ocasiões de pecado que são tão incrivelmente tentadoras, que é irrealista esperar que sejamos capazes de rejeitá-las facilmente.

Nesta vida, sempre vai haver uma luta para se afastar da tentadora, popular, e inicialmente atrativa opção pelo pecado. Mas a liberdade, a paz, e a oportunidade de viver uma vida que seja absolutamente perfeita para quem você é vale a pena muito mais do que as emoções baratas do momento.

Este é o preço da Santidade. Vamos lá, Juntos conquistar o céu?

Pense hoje, qual situação você precisa dizer: PHN ( por hoje não)...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

XXI Kairós


Vale a pena lembrar a todos sobre o XXI Kairós (já comentamos aqui). Deus espera por todos nós este fim de semana.

"Você é especialmente convidado a participar deste KAIRÓS. Venha viver a experiência de Pentecostes junto com Maria Santíssima." (Luiz Carlos Santana Filho, Coordenador Arquiocesano da RCC)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Catequese do passo a mais

por Pe. José Fernandes de Oliveira, scj

Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? (Jo 4,11-12)

Não é discurso. É realidade verificável. Para milhões de fiéis, Jesus é apenas Jesus. Ainda não caiu a ficha. Não entenderam ainda o que significa crer nele. Foram batizados no seu nome, mas não deram ainda o passo decisivo: aceitar que, mais do que Ieshuah de Nazaré e mais do que “um cristo”, ele é “O Cristo” , mais do que “um ungido” ele é “O Ungido”, mais do que “um esperado” ele é “O Esperado!”

Lembro-me como se fosse hoje. Era eu ainda um jovem sacerdote quando uma simpática senhora, pintora e professora de arte, com um forte sotaque espanhol, que misturava português e castellano, elogiou Jesus como profeta coerente e concluiu com esta frase, tão sábia quanto honesta, e seguramente sábia porque honesta:

- “Para mi Jesus é Jesus tan solo! Ainda não dei o passo que vocês deram. No lo veo como el ungido que el mundo esperaba, ni como Diós. Mas, se un dia, algun ser humano pudiera tchegar perto deste ideal de um Diós humano, este seria Jesus”.


Fez mais teologia do que imaginava! Recentemente, ao concluir a leitura do livro de um ateu, Gerald Messadié, pensei nela. À página 564 do seu livro “História Geral de Deus”, ele, que se confessa ateu, conclui dizendo que viver sem religião expõe à desordem e as seitas engolem tal pessoa. A única voz que não se extinguiu e que não é nihilista, nem cínica, nem enfastiada é a de Jesus. Ele é o único que pode evitar o desespero e a loucura.

Que os cristãos mais conscientes viagem até Belém, e depois para Cafarnaum e finalmente por cidades e aldeias ouvindo-o. Descobrirão que mais do que de Nazaré, Jesus é do alto. Acrescentem ao nome Jesus um adjetivo: Cristo! Confessar que Jesus era um profeta já é um bom começo. Mas a graça que devemos pedir, mesmo que nos seja difícil crer é a de concluir que, se um dia a humanidade esperou por um homem ungido e libertador, este alguém foi ele.

Proclamar que Jesus é o Cristo não é uma brincadeira, ainda mais quando somos tão incoerentes e pecadores. Mas muitos o fizeram e fazem. A vida e o gesto dessas pessoas revelará se encontraram ou não o Cristo da História e o Cristo da Fé. Serve para os outros, serve para nós!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sobre Eleições

É hora de começar a se pensar...

Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

por D. Luiz Gonzaga Bergonzini

Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e vice-versa.

Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir- se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.

Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.

Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.

Na condição de Bispo Diocesano, como r e s p o n s á v e l pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).

Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.

Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.