sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jovem, é verdade ou mentira?

por Cesar Cavanus

O ser humano que nasceu frágil, imperfeito, dependente e que necessitou tanto do outro para evoluir, tornou-se hoje o controlador de toda ciência e até mesmo da própria vida. Pelos seus dons desenvolvidos, pela sua sede de saber, que levaram a tantas noites mal dormidas, ele cria e facilita tanta coisa. Que verdade!

Estamos realmente hoje em uma nova era. Mas, como explicar que com tantos avanços científicos e tecnológicos ainda há tantas pessoas em condições desumanas sem as mínimas condições para sobreviver? Como explicar tantas agressões à vida, à natureza? Por que tanta falta de esperança no amanhã em tantas pessoas? Tantas insatisfações? Que grande mentira!

O homem está mentindo para si mesmo. A ganância está fazendo muitos ricos ficarem cada vez mais ricos e tantos pobres cada vez mais miseráveis. Em nome de tantos avanços ele ainda não conseguiu resolver o mais simples: que todos temos o direito à vida e vida com dignidade.

Jovem, dizem que tudo está em nossas mãos que somos o futuro da humanidade. Mentira! Nós somos o presente. E é por isso que precisamos unir nossas forças, nossas utopias e torná-las realidade. Faz-se necessário superar nossa natureza individualista e mostrar que é com solidariedade que se constrói. Que amanhã virão outros e que eles também terão direito à vida e a usufruir de nosso planeta. Precisamos dizer a nossos filhos que não cruzamos os braços e não fomos indiferentes ao sistema capitalista maquiavélico que se instalou em nosso meio.

Precisamos mostrar que somos diferentes e que nosso agir não é o agir de muitos inescrupulosos, que constroem doutrinas para justificar suas barbaridades, suas mentiras. A verdade está no espírito de nossas ações, o porque delas.

Para você jovem que deseja ser feliz, felicidade só vem com a felicidade do próximo. Porque nascemos para o amor e para a partilha. Traduza todo progresso que você mesmo constrói em vida, esta é a grande verdade que fará diferença. Não é humano justificar a miséria e a exclusão social como coisas normais. Normal é viver, amar e ser amado.

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