segunda-feira, 29 de março de 2010

Papa: As renúncias são possíveis se têm um significado


por H2O News

Jovem: Jesus convidou o jovem rico a deixar tudo e a segui-lo, mas ele foi embora triste. Também eu, como ele, tenho dificuldades em segui-lo, porque tenho medo de deixar as minhas coisas e, às vezes, a Igreja me pede renúncias difíceis. Padre santo, como posso encontrar a força para escolhas corajosas, e quem pode me ajudar?

Papa: Comecemos talvez com essa palavra dura para nós: renúncias. As renúncias são possíveis e no final se tornam inclusive belas se têm um porquê, e se esse porquê justifica depois também a dificuldade da renúncia. São Paulo usou neste contexto a imagem das olimpíadas e dos atletas empenhados com as olimpíadas. Diz a eles que para se chegar finalmente à medalha, naquele tempo a coroa, devem viver uma disciplina muito dura, devem renunciar a muitas coisas, devem realmente exercitar esse esporte que praticam. Fazem grandes sacrifícios e renúncias porque têm um porquê, vale a pena mesmo que talvez, no final, não estejam entre os vencedores. Todavia, é algo belo ter disciplinado a si mesmo e ser capaz de fazer essas coisas com uma certa perfeição. E o mesmo vale com essa imagem de São Paulo para as olimpíadas, vale também para todos os outros aspectos da vida. Não posso alcançar uma boa vida profissional sem renúncias, sem uma preparação adequada, que sempre exige disciplina, exige que devo renunciar a algo. E assim também na arte, em todos os elementos da vida, nós compreendemos que para alcançar um objetivo profissional, seja esportivo, seja artístico, cultural, devemos renunciar, aprender, aprender a arte de viver, de ser si mesmo. A arte de ser um homem exige renúncias verdadeiras, que nos ajudam a encontrar a estrada da vida, a arte da vida indicadas na palavra de Deus, e nos ajudam a não cair, digamos, no abismo da droga, do álcool, da escravidão da sexualidade, da escravidão do dinheiro, da preguiça. Todas essas ações, em um primeiro momento, aparecem como ações de liberdade, mas na realidade não são ações de liberdade, mas o início de uma escravidão que se torna sempre mais insuperável. E superar essas renúncias à tentação do momento, prosseguir em direção ao bem, cria a verdadeira liberdade e torna a vida preciosa.

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