quinta-feira, 18 de março de 2010

Ecumenismo


por Valdir Reginato

Esta semana vamos falar de Ecumenismo. Temos notado uma grande preocupação do Santo Padre em reagrupar todo o rebanho de cristãos numa unidade que tem por cabeça Cristo. Notamos a perseverança e insistência do Papa em ir até os nossos irmãos que embora afastados do Vaticano, permanecem na doutrina cristã. Não só a estes, mas também a judeus e muçulmanos, dando continuidade ao trabalho de João Paulo II, Bento XVI tem se colocado de braços abertos para um diálogo que possa reunir todos os homens de boa vontade, que desejam seguir o ideal da mensagem de Cristo.

Desta maneira temos acolhido muitos anglicanos que em desacordo com algumas idéias recentes no Anglicanismo estão solicitando o seu retorno à casa do Papa, que os acolheu com alegria, clérigos e leigos. É um esforço que faz a Igreja para poder fazer de “tudo para todos a fim de salvar o maior número possível” como diz o Apóstolo. Esta mensagem é voltada para o Ecumenismo, que neste ano pela terceira vez se torna concretizada na Campanha da Fraternidade pela CONIC – Conselho Nacional de Igreja Cristãs do Brasil.

O Ecumenismo neste apelo à unidade de todos os povos contidos na mensagem do Evangelho, não pode ser confundido com o “tanto faz” ou “é tudo igual”. Cada credo tem suas peculiaridades que determinam uma doutrina a qual se estabelece uma fé na esperança de se alcançar o Reino de Deus. Contudo, algumas divergências entre estas crenças são muito significativas, particularmente no que diz respeito à presença de Cristo vivo na Eucaristia, aos dogmas da Maternidade de Nossa Senhora como mãe de Deus (e mãe nossa), sua imaculada conceição e virgindade. Da mesma maneira a aceitação da infalibilidade do papa para assuntos de fé e doutrina.

São diferenças que embora possam ser superadas para uma melhor confraternização, jamais podem ser consideradas por um católico como algo de menor importância, ou muito menos duvidoso, como se fossem temas polêmicos não esclarecidos. A convivência respeitosa com os nossos irmãos em Cristo, não pode alterar a Verdade que professamos, que está no depósito da fé, guardada pelo Papa e os Bispos em comunhão com ele. Ser ecumênico não significa “dar um jeitinho” para se chegar num denominador comum que atenda a todos, e, portanto deveremos nos “adaptar” a uma nova verdade. Todo católico deve estar convencido da sua fé, e propagá-la como determina a Santa Igreja, sem elaborar “adaptações”.

Aprendemos, contudo que por intermédio do Ecumenismo os homens poderão chegar a uma maior aproximação dos mandamentos de Deus, e a uma convivência mais harmônica e pacífica na sua fé. Em um mundo que se está crescendo no “proselitismo do ateísmo”, é necessário que deixemos de nos desentender com os demais cristãos, no intuito de poder levar a todos o Evangelho de Cristo a um mundo que necessita de recristianização.

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