sábado, 13 de março de 2010

Discípulo ou Seguidor?


por Rodrigo Ferreira

Ser católico não se resume apenas em ser um seguidor de Jesus; há uma grande diferença entre seguir Jesus e ser discípulo Dele. Observa o texto a seguir, perceba a diferença e identifique-se.

O seguidor espera pães e peixe; o discípulo é um pescador.
O seguidor luta por crescer; o discípulo luta por reproduzir-se.
O seguidor se ganha; o discípulo se faz.
O seguidor gosta do afago; o discípulo gosta do serviço e do sacrifício.
O seguidor entrega parte dos seus desejos; o discípulo entrega sua vida.
O seguidor ouve a palavra e a guarda no coração, o discípulo leva esta palavra aos aflitos.
O seguidor espera que lhe apontem a tarefa; o discípulo é solicito em tomar a responsabilidade.
O seguidor quase sempre murmura e reclama; o discípulo obedece e nega a si mesmo.
O seguidor reclama que o visitem; o discípulo visita.
O seguidor conhece a Bíblia de capa a capa, o discípulo conhece e pratica o que sabe.
O seguidor pratica a caridade, o discípulo pratica o mais puro amor, o amor de Deus.
O seguidor sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer a igreja real.
O seguidor diz: Que bonito!; o discípulo diz: Eis-me aqui.
O seguidor aponta o dedo e mostra as pessoas para Deus, o discípulo mostra Deus às pessoas.
O seguidor espera por um avivamento na igreja; o discípulo é parte do avivamento.
O seguidor é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercitar sua fé.
O seguidor vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.
O seguidor é importante; o discípulo é indispensável.

O discípulo pode até fugir da raia, pode até negar, pode até se esconder, pode até correr nú pra se safar… Mas o discípulo não tem mais para onde ir… Aí está a diferença. O admirador sempre tem para onde ir; e sempre se defende dizendo que tem muito a perder. O discípulo, todavia, quando corre, não o faz porque antes fez “contas” e concluiu pela vantagem da fuga. Não! O discípulo foge apenas porque é humano, porque se assusta, porque precisa aprender quem é o Mestre…; e, muitas vezes, isso só acontece na escuridão da noite da fuga e do medo.

O discípulo não tem mais para onde correr… Mesmo quando corre de medo… Visto que está no Caminho. Assim, o discípulo foge para dentro. O Admirador corre para fora. O discípulo se assusta. O admirador não se assusta, apenas trata de se precaver. Para o discípulo o Mestre é tudo, mesmo quando ele se vê como um Nada.

Já o admirador vê no Mestre uma oportunidade; e nada, além disso. Em podendo ser aproveitada (a oportunidade), ótimo. Mas se não for possível, na melhor das hipóteses, o admirador serve ao Mestre Morto; até carrega o seu cadáver; mas jamais corre o RISCO de morrer junto…

O sinal de perigo para o admirador acontece quando alguém importante e com poder, pergunta: “Por ventura és um deles?” Nessa hora o admirador cala-se. O discípulo pode negar, praguejar, dizer “não sou”. Mas jamais crerá em si mesmo… Daí o porquê de sair para chorar amargamente na escuridão da noite das angústias.

POIS NEGAR O MESTRE É NEGAR SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA E SEU SENTIDO DE VIVER.

Que o Espírito santo nos ilumine para assumirmos nosso compromisso batismal e sermos verdadeiros discípulos de Jesus.

0 Obras Novas comentaram:

Postar um comentário