terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Advento, um tempo rico de esperança.



por: Pe. Marcelo Telles - Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Bairro PROCASA, São José(SC)

Um vento novo estará para passar por nossas pastagens e renovar o vigor de todas as coisas. Um evento novo estará para acontecer chamando cada ser vivo a participar de sua forma de existir. Um tempo novo com ar de esperança da promessa a ser realizada.

Cada Advento é um convite para todos os cristãos se despertarem para o grande acontecimento que mudou a vida da humanidade. O cristianismo nas suas mais variadas formas de manifestações traz um grande presente à humanidade. Presente este que já a mais de dois mil anos fora vivido historicamente pelas criaturas, pelo ser humano – a presença do ser divino em forma humana (cf. Fl 2,6-11). Assumiu a condição humana para resgatar a todos.

Dentro da visão apresentada pelo Cristianismo, uma nova verdade de fé é expressa – Emanuel, o Deus conosco (cf. Mt 1, 23) – o Filho de Deus caminha com seu povo.

Por isto estas quatro semanas que antecedem a celebração do Natal do Senhor vêm ajudar aos homens de boa vontade e que se abre a esta grande verdade apresentada pelo Cristianismo, a se colocarem num caminho de espiritualidade de “grávido” ou “grávida”. Isto é, como o Senhor por intermédio do anjo Gabriel anunciou a Maria que fora escolhida para ser a Mãe do Salvador. Assim também hoje, cada ser humano é convidado a se deixar tocar pelo Espírito do Senhor e nestas semanas a preparar o seu interior para que o Menino Deus venha a nascer ou renascer com vitalidade de espírito, proporcionando assim uma retomada da vida de oração e de caridade cristã.



Deixar-se conduzir num sentido de gravidez, como quem recebe a notícia de que está para dar a luz. Ora, tudo muda, a forma de viver está voltada para o novo ser que há de vir. Assim deveria ser este tempo de espera do Natal. Um tempo em que se voltam às atenções para aquele que é a razão ultima de se viver – Jesus Cristo. Tudo só tem sentido se nossas razões estiverem fundamentadas nos princípios e valores que este Menino Deus vem aperfeiçoar e manifestar aos corações humanos.

Então é bem verdade que o brilho do Natal não está na exterioridade das coisas a serem feitas, mas sim na interioridade que faz brotar de dentro para fora as maravilhas que o próprio Deus da Vida e da Esperança faz crescer e ser multiplicado no convívio entre os seres vivos.

Aproveite então estas quatro semanas, para se voltar os olhares para dentro de si mesmo e perceber como está o ambiente coração; se está ou não preparado para gerar vida, gerar fraternidade, gerar solidariedade, gerar esperança, gerar alegria, gerar paz, gerar perdão, gerar comunidade.

É tempo de deixar o próprio vento que vem do Espírito do Senhor transformar, converter na perspectiva de se poder celebrar o verdadeiro Natal do Senhor.



Ter o desprendimento, coragem e a entrega que Maria o fez ao receber a notícia.

Ter a atitude de assumir para si esta grande verdade do Cristianismo – o Deus conosco quer ser acolhido, quer ser cuidado, quer se tornar vivo no meio da humanidade.

Ele continua a se apresentar não só em Espírito, mas também em diversas formas, entre tantas, a mais visível nos olhos daquela criança órfão de tudo, desprovida de tudo, esperando ser acolhida para poder viver com dignidade de filho de Deus, Pai de todos.

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