quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal, com que vou presentear?



por: Pe. Marcelo Telles - Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Bairro PROCASA, São José(SC)

Faltam apenas alguns dias para comemorarmos uma das datas mais importantes para o Cristianismo. Pode-se dizer que é uma das verdades de fé mais significante, pois a partir da Encarnação do Filho de Deus, se dá a confirmação das promessas feitas ao seu povo por mais de um século de que não deixaria inacabada sua obra.

O Natal do Senhor hoje em dia fica um pouco atropelado pela figura do Papai Noel, pois com o uso da figura do bom velhinho se comercializa a idéia dos presentes a serem dados aos semelhantes.

Pois bem! Também na imagem do nascimento do Menino Jesus, entra a idéia do presentear, basta olhar os Três Reis Magos que ao visitá-lo em Belém, trouxeram ouro, incenso e mirra. Como também os Pastores, ao irem até a Manjedoura lhe deram ovelhas.

Então se pode dizer que o Natal do Senhor traz também a idéia do presentear. Aliás, o primeiro a nos presentear foi Deus, entregando aos braços da humanidade seu Filho Primogênito, que mais tarde seria imolado, como presente novamente de uma Aliança Eterna entre os homens e o Criador, entre a terra e os céus.

Aqui caberia a pergunta – Com que vou presentear o Menino Jesus?

As pessoas ficam envolvidas em comprar presentes para dar para seus amigos, para realização de amigos secretos, para entregar aos familiares, afilhados e tantos outros que fazem parte da sua vida cotidiana e talvez não tenha pensado no que oferecer Àquele que deveria ser o primeiro a receber um presente – o próprio Deus-menino.

Fica a interrogação do que você poderá dar ao Menino Jesus.

Diante dos olhos daquela criança que se esvaziou de si mesmo, saindo da realeza para estar com sua obra criada e ser uma delas, o que oferecer?

Diante daquele que é o dono de tudo, o que oferecer?

Diante daquele que é o perfeito, o que oferecer?




Na cena do Presépio os que vieram lhe visitar trouxeram o que tinham com fruto de sua realidade, como pertençes que significam suas histórias, suas vidas.

Talvez se deva oferecer junto ao Deus-menino aquilo que é seu próprio, as imperfeições, as inquietações que só ele pode transformar em perfeições, em serenidade e paz.

Talvez se deva ir mais fundo e oferecer junto ao Deus-menino os seus sonhos, o seu “eu”, sua vontade e desejos; assim ele ao olhar com um olhar de criança acabe desarmando a prepotência, o orgulho, a vaidade, a indiferença para com os outros que vive o dia a dia ao seu lado.

Com que vou presentear o Deus-menino?

Uma resposta que é pessoal, intransferível; contudo, necessária se fazer para realmente se viver um santo e abençoado Natal do Senhor.

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