quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Big Brother 10

por Carmadélio

É sempre prematuro falar sobre o primeiro episódio de qualquer programa em série, especialmente de um reality show, que não tem roteiro muito definido. Mas essa me pareceu a estreia de “Big Brother” com linhas mais claras, definidas.

Uma das chaves desta edição foi dada explicitamente por Pedro Bial: “Este BBB tem um novo alfabeto. ABCDEF GLS…” Uma das participantes depois reforçou: “Este é o BBB da diversidade”. Por fim, a animação de Maurício Ricardo mostrou três robozinhos, um deles gay. A direção do programa selecionou um gay, uma lésbica e uma drag queen, todos assumidos – o que demonstra que as questões de gênero sexual terão papel predominante desta vez.

A ideia de uma vida dupla é reincidente entre os participantes – muito além da duplicidade inerente aos brothers GLS. Há uma doutora em lingüística que vira perua baladeira, uma policial que solta a franga na praia, um engenheiro agrônomo que foi modelo, um advogado que treina boxe e assim por diante.

Como se vê, a “segunda vida” dos participantes está ligada em geral ao corpo. Muitos ganham a vida com atividades físicas: um dançarino, uma dançarina de boate, um personal trainer e assim por diante. Esta parece ser também uma das edições mais homogêneas em termos corporais/hormonais, com uma maioria absoluta de corpos esculpidos, quando não marombados. Pela minha lembrança, havia mais exceções em edições anteriores, como Cida ou Jean, por exemplo.

É cedo para dizer, tudo pode mudar nas próximas semanas, mas o “casting” da edição me pareceu bastante inspirado, com vários participantes de personalidade forte. E já deu para identificar claramente uma barraqueira, a jornalista lésbica, que deu uma enquadrada forte e desnecessária, logo no primeiro programa, na dançarina de boate.

Ricardo Calil, critico de cinema.

S. Paulo, com muita sabedoria nos disse: ” Tudo nos é lícito mas nem tudo nos convém, tudo nos é permitido mas nem tudo nos edifica”. (I Cor 10,23)

Convém perdermos o nosso precioso tempo dando audiência a um programa cujo conceito é francamente anti evangélico em toda sua proposta de estimular com que o pior das pessoas venham à tona e seja objeto de observação 24 horas por dia, pela TV ou internet?

Sei que tem coisa aproveitável na TV, outras, no entanto, não acrescentam nada na vida da gente.

Aliás se houver algum acréscimo, esse será na conta bancária do vencedor e na emissora que ganha milhões às custas da curiosidade mórbida das pessoas que tem ânimo para assistir o manjado grande irmão- que de grande só tem os intereses financeiros envolvidos dentro da turma escolhida e na audiência ávida por alguma coisa que ofereça mais sentido para suas vidas.

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